O acesso dos pequenos produtores às tecnologias disponíveis, incluindo a biotecnologia, é um desafio do Ministério da Agricultura para fortalecer o agronegócio brasileiro que hoje representa quase 30% do Produto Interno Bruto e emprega 18% da população brasileira economicamente ativa. A afirmação é do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ivan Wedekin, durante o Seminário Inovações Biotecnológicas na Agricultura, promovido ontem (24-04) pela Comissão de Agricultura e Política Rural da Câmara dos Deputados.
De acordo com Wedekin, “fortalecer programas e ações de capacitação dos pequenos e médios produtores é a melhor alternativa para promover o desenvolvimento do país, já que 40% das propriedades rurais entre 10 e 100 hectares respondem por 32 % da produção agrícola brasileira. “Isso pode ser favorecido através de mecanismos como crédito e seguro rural que facilitará o acesso às novas tecnologias, principalmente as produzidas pela Embrapa.”
O fortalecimento do cooperativismo – uma das bandeiras do Governo Lula – e do associativismo trará benefícios para distribuir a tecnologia de forma barata e incluir socialmente os agricultores de pelo menos 4 milhões de propriedades rurais.
O Brasil não pode ficar fora das inovações mundiais da biotecnologia, incluindo os transgênicos, a melhoria da qualidade dos alimentos e a produção de alimentos nutracêuticos e funcionais (alimentos de alto valor nutritivo e com funções terapêuticas e medicamentosas), afirmou o secretário. O próximo ciclo de palestras, previsto para o dia 8 de maio, tratará sobre inovações biotecnológicas e a competitividade na saúde e no agronegócio.