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Maquinário moderno garante conforto na colheita

Apesar das boas condições, nem todos os produtores estão satisfeitos


De uma família de agricultores de Floresta (a 30 km de Maringá), o produtor rural Roberto Volponi lembra que há 30 anos ficava inteiramente coberto de poeira depois de um dia na colheita de milho. Os antigos tratores e colheitadeiras deixavam o condutor exposto ao sol, ao barulho e a todos os detritos levantados pelas pás da máquina. "Antigamente saía da roça parecendo um tatu. Hoje não tem mais isso", diverte-se Volponi.

Nesta terça-feira (24), o agricultor terminou a colheita de milho com sua mais nova aquisição: uma colheitadeira "zero-quilômetro", de R$ 325 mil, que estreou nesta safra. "É muito confortável, a cabine fica totalmente protegida, com ar-condicionado e um sistema de direção fácil de controlar", diz Volponi.

O agricultor aproveitou as condições excepcionais de financiamento e trocou seu antigo equipamento, que já tinha 10 anos de uso. "Sei que nos próximos dois anos não terei gasto com manutenção; só com lubrificação", diz Volponi.

Ele fechou negócio em junho, conseguiu juros de 4,5% ao ano, oito anos para quitar e carência de dois anos para começar a pagar. "Preferi assumir as parcelas dentro de um ano. Foi um ótimo negócio, pois com o dinheiro da venda do equipamento antigo vou pagar metade do financiamento da máquina nova", analisa Volponi.

Para completar a onda de sorte do agricultor, a colheita do milho safrinha está superando as expectativas. "Estou tirando cerca de 200 sacas por alqueire (4.958 kg/ha). Em 30 anos como agricultor nunca tive um ano como 2010", comemora. Em média, a produtividade do milho na atual safra é de 4.646 kg/ha no Paraná.

Apesar das boas condições, nem todos os produtores estão satisfeitos. Valdemir Dolfini, também de Floresta, trocou o maquinário agrícola em 2007, com juros de 9,5% ao ano. Para as próximas safras, ele só precisava de um novo pulverizador, mas o BNDES não enquadra o produto que ele gostaria de adquirir.

"Trabalho com agricultura de precisão e o equipamento que eu procuro é um importado, por ser muito mais completo." "Até entendo o BNDES não prever financiamento para esse caso, pois sua intenção é beneficiar a indústria nacional", acrescenta.

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