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Margen retoma abate de bois na sexta-feira


O Frigorífico Centro-Oeste, do grupo Margen Ltda., volta abater bois na próxima sexta-feira (07-01). As dívidas com os pecuaristas também começaram a ser acertadas ontem e novas compras de animais estão programadas, informou o diretor administrativo, Ivom Carlos Almeida. Ele acredita que dentro de 60 dias tudo estará normalizado na empresa.

Ontem, funcionários limparam os equipamentos e hoje todos retornam a suas atividades. Já na outra unidade do Margen em Maringá – antigo Amambai – não há previsão para a retomada das operações. O frigorífico tem capacidade para abater entre 500 e 600 animais por dia, e de acordo com Almeida, vai normalizar as exportações. O grupo Margen é o único do Paraná que exporta carne bovina e as quatro unidades instaladas no Estado têm capacidade para abater cerca de 2 mil cabeças por dia.

“Conversamos com os pecuaristas e acertamos as pendências; eles estão procurando a empresa para discutir as dívidas e negociar novos contratos”, disse. Segundo Almeida, "todos sabem que os pagamentos não foram feitos por falta de recursos, mas por questões judiciais". Com a liberação das contas e abertura de novas linhas de crédito, o gerente prevê que dentro de pouco tudo se normalize, especialmente a exportação.

Hoje, a empresa manda rezar uma missa com todos os funcionários, para marcar a retomada das operações. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação, Rivail Assunção da Silveira, também estará presente para explicar como foi a reunião, em Brasília, onde ficou decidido que a empresa voltaria com suas atividades normais.

Funcionários do frigorífico esperavam com ansiedade a notícia do cancelamento das demissões. A volta ao trabalho trouxe alívio a todos, revelou o encarregado da faxina, Aguinaldo Frassão. Ele trabalha há sete meses no Centro Oeste e disse que passou o fim de ano preocupado.

“A gente não conseguiu comemorar a passagem do ano direito. Não é fácil começar o ano desempregado quando se tem mulher e uma filha”, ele comentou. Ontem, ele trabalhou normalmente na limpeza da unidade. Outro que recebeu a notícia do cancelamento do emprego foi o tirador de couro Arnaldo Aparecido Pereira. Há dois anos no frigorífico, ele contou que o fim de ano na sua casa foi ‘sem presentes’. A família preferia não gastar para não correr o risco de entrar o ano sem dinheiro e sem emprego. “Trabalho eu e minha mulher na empresa. Se os dois perdessem o emprego a situação ia ficar difícil. Passamos o fim de ano pensando na volta ao trabalho”, explicou.

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