Margens pressionadas pelo custo de produção do milho
O COT atingiu R$ 5.372,17/ha, um aumento de 0,28% em relação a julho

O custo de produção do milho em Mato Grosso para a safra 2025/26 preocupa produtores, segundo levantamento do IMEA. Apesar de o preço médio ponderado do cereal estar em R$ 44,43/sc até agosto, esse valor Cobre apenas os custos operacionais e de custeio, mas não o custo total (COT), que inclui depreciações e pró-labore.
O COT atingiu R$ 5.372,17/ha, um aumento de 0,28% em relação a julho, e 13,92% superior ao do ano anterior. O ponto de equilíbrio do COT supera os R$ 60/sc, o que representa um desafio à rentabilidade do produtor, mesmo com a alta recente no preço do milho, que fechou a semana a R$ 44,57/sc.
Já o custo de custeio ficou em R$ 3.295,32/ha, com avanço de 0,48% no mês, enquanto o Custo Operacional Efetivo (COE) subiu 0,33%, alcançando R$ 4.782,75/ha. A alta dos custos, sem a correspondente valorização dos preços, estreita as margens e aumenta a dependência de ganhos de produtividade.
Para cobrir todos os custos, incluindo os não monetários, o produtor precisará buscar eficância operacional e torcer por cenários mais favoráveis de mercado. Caso contrário, o lucro pode ficar comprometido, afetando investimentos futuros e a sustentação financeira da atividade.
A expectativa é que, com o avanço da comercialização e definição mais clara do cenário de exportação, haja possível reação no mercado, mas o momento exige cautela na tomada de decisão pelos produtores.