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Mato Grosso é o líder na aquisição de couro

O volume chega a ser 41,9% a mais ante o mesmo período do ano passado, 773 mil unidades


Mato Grosso liderou o ranking dos Estados que mais receberam couro cru para curtimento no primeiro trimestre deste ano. A aquisição dos curtumes estaduais somou pouco mais de um milhão de unidades de couro cru bovino. O volume chega a ser 41,9% a mais ante o mesmo período do ano passado, 773 mil unidades. O Estado também recebeu mais 485 mil unidades por terceiros. Os números colocam Mato Grosso como o primeiro no ranking brasileiro dos que mais receberam couro cru para curtimento, seguido por São Paulo e Rio Grande do Sul. Os dados fazem parte de uma pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Com o maior rebanho do país, cerca de 29 milhões de cabeças, Mato Grosso conta atualmente com cerca de 12 curtumes e uma capacidade de beneficiamento de aproximadamente 38 mil peças de couro/dia. Contudo, abate apenas cerca de 20 mil animais/dia, com média de 40 quilos cada.

Segundo o presidente do Sindicato Indústrias Curtimento Couros Peles Afins de Mato Grosso (Sincurt/MT), Evandro Luiz Durli, a posição estadual se deve exclusivamente ao número do rebanho estadual, o maior também do país, mais de 29 milhões de cabeças. Conforme Durli, o couro para curtimento acompanha também a tendência de crescimento do abate bovino ocorrido no mesmo período. “Mato Grosso é o Estado que possui o maior rebanho bovino, e um dos que mais abate. Todo esse couro é reflexo desses fatores”, explica.

Apesar de todos esses números, os curtumes estaduais, transformam o couro para exportar para outros Estados. Em Mato Grosso não há por exemplo uma fábrica de sapatos. “Todo esse couro é industrializado e vendido a outros Estados, uma vez que Mato Grosso não tem consumidor próprio para o produto”, pontua. Segundo informações do setor, 90% da matéria-prima sai do Estado transformada em wet-blue, e o restante como produto semiacabado e acabado. O wet-blue é a fase de produção denominada de estágio intermediário.


Para o presidente do Sincurt, o segmento precisa aprimorar a industrialização para que se possa beneficiar a cadeia produtiva como um todo. Durli afirma, porém, que o Estado tem se mostrado flexível para a expansão do setor. “O sindicato está com as portas abertas para discutir a instalação de indústrias de calçados no Estado. Caso haja interesses estamos disponíveis para sentar e pensar em uma política de industrialização e estudar a viabilidade”, diz.

Os curtumes do país adquiriram, no segundo trimestre do ano, 6,698 milhões de unidades de couro cru bovino e receberam 2,229 milhões de unidades de couro de terceiros para serviços de curtimento.

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