CI

Mato Grosso encerra CNA Jovem com quatro mulheres selecionadas

Quatro jovens foram selecionadas da etapa do programa CNA Jovem de MT.


Fernanda Yuri Mastelaro Hayashi, Daiane Rocheli Gebert, Isabel Cristina Masson da Cruz e Luana Belusso foram as quatro selecionadas da etapa do programa CNA Jovem de Mato Grosso. Elas trouxeram desafios (projetos) que irão contribuir com a solução de problemas de logística, custo da produção, sucessão familiar e diversos outros. "A etapa estadual é uma espécie de seletiva para a Nacional que irá ocorrer nas próximas semanas, em Brasília", ressalta o presidente do Sistema Famato/SENAR, Rui Prado.

Embaixador do CNA Jovem e participante da primeira turma, o superintendente do SENAR-MT, Otávio Celidonio ressalta que este programa é fundamental para quem quer assumir cargos de lideranças. Além das informações, conhecimento e diversas ferramentas, os participantes também têm a oportunidade de ampliar a rede de contatos.

Os desafios (projetos) são bem diversificados. A médica veterinária Daiane Rocheli Gebert, de 24 anos, uma das vencedoras apresentou o desafio "Implantar um programa de utilização de biodigestores nas propriedades rurais de Mato Grosso". Filha de produtores, ela fez a proposta de implantação do biodigestor na propriedade da família porque detectou um gasto elevado de energia.

Daiane conta que foi conversar com o pai sobre o assunto e, ele disse que não tinha dinheiro para investir no projeto.  O jeito foi encontrar uma solução e fazer a proposta. "Propus a venda do meu carro. Com o dinheiro compramos e instalamos o biodigestor. Com isso passamos a economizar cerca de R$ 14 mil por mês", conta entusiasmada com o projeto.

Bem mais amplo, o projeto de Daiane inclui a implantação de outros biodigestores nas propriedades que desenvolvem a suinocultura em Mato Grosso. Segundo ela, entre os resultados esperados estão a preservação e conservação do meio ambiente e a redução no custo de produção. Ela garante que o valor é bem menor do que se pensa.

Já o desafio (projeto) de Isabel Cristina Masson da Cruz, de 30 anos, é "Criar uma cartilha para a formação de entidades sem fins lucrativos para a melhoria da infraestrutura das estradas rurais do município de Chapada dos Guimarães". Ela conta que o objetivo é orientar sobre a importância da união da classe produtora. “Sei que é um grande desafio pois é uma mudança de cultura”, enfatiza Isabel.

Luana Belusso, de 27 anos, preferiu abordar um dos assuntos que preocupa produtores do mundo inteiro: sucessão familiar. "Demonstrar a importância da sucessão familiar para o sucedido no segmento do agronegócio na regional de Sorriso" foi o desafio (projeto) apresentado por Luana. Ela conta que detectou que o sucedido não percebe a importância da sucessão familiar. "No CNA Jovem percebi que muitos colegas têm essa mesma dificuldade".

Ao sair da faculdade Luana não conseguiu implantar o que aprendeu na propriedade da família. "Resolvi trabalhar em outras empresas para obter experiência. Fui ser representante e visitava várias fazendas. Percebi que todos tinham problemas semelhantes. Ganhei conhecimento e experiência. Voltei e fiz uma proposta para meu pai. Ele aceitou e, desde 2012 estou trabalhando com ele", conta com ar de conquista.

A proposta de Luana é inserir o jovem no trabalho cotidiano da fazenda. Juntar os sucessores e sucedidos para aumentar a rentabilidade da propriedade. 'A ideia do meu projeto é fazer com que o sucedido dê mais importância e espaço para o sucessor".

Fernanda Yuri Mastelaro Hayashi, de 28 anos, que também foi uma das vencedoras do CNA Jovem – Etapa Mato Grosso também abordou a sucessão familiar e a união da classe produtora do estado. O seu desafio (projeto) é "Criar grupos de fazendas referências, para discussão de resultados e gestão".

Ela conta que como muitos colegas também teve dificuldade de encontrar espaço dentro dos negócios da família. "A solução foi a qualificação para atuar com mais competência dentro do setor agropecuário e, consequentemente nos negócios da família".

Para Fernanda o seu desafio é muito importante para o Estado porque, em sua opinião a classe produtora é desunida. "Isso acaba deixando o produtor vulnerável às pressões do mercado e sujeito às imposições do governo, do cliente e do fornecedor".

A proposta de Fernanda é a criação de grupos formados por produtores influentes e participativos para discutir resultados e gestão. "Assim vamos conseguir aumentar conhecimento do produtor sobre o seu negócio, trocar experiência e fazer comparações".

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.