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Mato Grosso tem dois frigoríficos aptos a exportarem carne para os EUA

Governo norte-americano exige que a inspeção sanitária na linha de produção seja conduzida por agentes públicos


Governo norte-americano exige que a inspeção sanitária na linha de produção seja conduzida por agentes públicos

Desde que foi oficializada a abertura de mercado para a carne bovina in natura brasileira aos Estados Unidos, duas plantas frigoríficas de Mato Grosso foram habilitadas para o comércio bilateral e uma aguarda autorização. Em setembro foram realizados os primeiros embarques da proteína e a unidade de um grupo frigorífico, em Paranatinga, participou com volume amostral. Também está apta à comercializar carne in natura com os EUA uma unidade em Barra do Garças. Em processo para obter a autorização dos embarques está uma planta, em Matupá.

Segundo a superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Mato Grosso, o governo norte-americano exige que a inspeção sanitária na linha de produção seja conduzida por agentes públicos, que podem ser cedidos pela prefeitura onde a empresa está instalada ou pelo Executivo estadual. O próprio Ministério não dispõe de quadro funcional suficiente para realizar esse trabalho.

Vice -presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de Mato Grosso (Sindifrigo), Paulo Bellincanta confirma a necessidade da inspeção pública no interior das empresas. “É um processo que não depende da empresa em si. A empresa cumpre todos os requisitos técnicos, é vistoriada pelo Mapa, recebe o aval do governo brasileiro, mas o governo norte-americano cobra que a inspeção seja feita por funcionários que não tenham vínculo empregatício com a indústria”, detalha.

O otimismo dos empresários do setor frigorífico com a anuência dos Estados Unidos em importar carne bovina in natura do Brasil a partir de 1º de agosto arrefeceu, segundo Bellincanta. O motivo é o câmbio desfavorável e as condições gerais do mercado internacional. “Estar habilitado é um procedimento, para exportar é preciso viabilidade econômica na operação”, pondera.

Conforme ele, a exportação de carne bovina em 2016 evolui muito abaixo de 2015. “Os mercados consumidores estão pagando pouco e o preço do dólar hoje inviabiliza a exportação. Hoje a venda externa é motivada mais pela necessidade de desafogar a oferta interna”, conclui. Para ele, não há sinais de melhora a curto prazo no volume de negócios, nem com a abertura do mercado americano. A Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio (SRI) do Mapa registra que em setembro foram embarcadas 126,5 toneladas de carne in natura para os Estados Unidos.

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