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Me­nos ve­ne­no, ­mais eco­no­mia e saú­de

Produtores garantem que é possível produzir hortaliças e frutas aplicando veneno só quando necessário


Garantir uma boa produção sem riscos de intoxicação, sem danos ao meio ambiente e com custos menores foram argumentos decisivos para Clodoaldo Arantes Nogueira mudar o modo de cultivo em duas propriedades de Faxinal (norte do PR). Nos últimos dois anos, ele maneja as lavouras de tomate de acordo com as normas do Hortinorte, programa da Emater, e só aplica produtos químicos quando necessário.

O manejo integrado de pragas é a principal ferramenta deste modo de produção. O produtor de hortaliças toma a decisão pela aplicação dos inseticidas, de acordo com a incidência das pragas, estabelecida por uma tabela. ‘‘Veneno de mais não é bom nem para quem aplica, nem para quem consome os produtos’’, defende Nogueira.

A observação e contagem do número de insetos é o que determina o uso da agrotóxico, prática que os porcenteiros – que cultivam o tomate junto com ele – já assimilaram. ‘‘A batida de balde e a observação dos ponteiros da planta vão indicar a necessidade. Aí é só olhar a tabela e aplicar a quantidade necessária’’, afirma.

O Hortinorte permitiu redução do número de aplicações pela metade. ‘‘Antes do programa fazia de 50 a 60 aplicações, hoje faço de 27 a 30’’, compara. O monitoramento traz uma economia importante. ‘‘Gasto muito menos e às vezes sobra produto para a próxima safra’’, diz.

Outro produtor de Faxinal, Luiz Gonzaga Nunes, também comemora a redução de custos. Ele, que há duas safras faz parte do Hortinorte, afirma que as lavouras de tomate, batata doce, cará, mandioca, pepino e repolho que antes recebiam aplicações de agrotóxicos três vezes por semana, agora são pulverizadas apenas duas vezes no mesmo período. ‘‘Isso me garante uma economia de 30%’’, calcula.

Ao contrário do que se pode imaginar o monitoramento das lavouras não aumenta o trabalho de produtores e trabalhadores. ‘‘O menor número de aplicações libera o pessoal para outras tarefas na propriedade’’, diz Nunes, que destaca também o menor risco de intoxição dos seus funcionários. 

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