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Melhores cafés de Minas são premiados com leilão especial

Os melhores cafés do Estado serão oferecidos em leilão com um ágio de R$ 100,00 por saca, valor acrescentado à cotação do dia para formar o lance inicial de venda dos lotes escolhidos


O secretário da Agricultura de Minas Gerais, Gilman Viana Rodrigues, vai participar nesta terça-feira (28) do encerramento do Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais, no Centro de Convenções da Universidade Federal de Lavras (Ufla). Durante o evento, os melhores cafés do Estado serão oferecidos em leilão com um ágio de R$ 100,00 por saca, valor acrescentado à cotação do dia para formar o lance inicial de venda dos lotes escolhidos.

Para o secretário, "o leilão especial corresponde aos objetivos do concurso, que tem por meta a valorização da qualidade, conforme o seu nome indica, e isso deve ser traduzido em preço." Ele acrescenta que "a presença dos compradores garante o sentido comercial do concurso como um todo, que se encerra com a prática do leilão".

Durante o concurso foram selecionados cinco lotes de café natural e cinco de cereja descascado, cada categoria com cinco finalistas. De acordo com o assessor para Café da Secretaria da Agricultura, Wilson Lasmar, inscreveram-se neste ano 1.500 produtores das quatro regiões de café do Estado: Matas de Minas, Sul de Minas, Chapadas de Minas e Serrado.

Além da venda em leilão dos dez lotes para representantes das empresas compradoras de café do Brasil e do exterior, haverá outros prêmios. Os produtores que tiveram seu lote colocado em primeiro lugar, em cada categoria, receberão ainda uma moto de 125 cilindradas. Para o segundo lugar, a premiação é de um computador portátil, e os classificados em terceiro, quarto e quinto lugares de cada categoria receberão uma TV de 29 polegadas. Todos vão ganhar também com uma placa com a sua classificação no concurso.

O Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais é realizado anualmente sob a coordenação da Emater-MG, vinculada à Secretaria da Agricultura do Estado. Participam do programa a Epamig e o IMA, também vinculados à secretaria, além dos Centros de Excelência do Café, Pólo de Excelência do Café e Escola Agrotécnica Federal de Machado. Wilson Lasmar acrescenta que os participantes, em sua maioria, são agricultores familiares, mas inscreveram-se produtores de todas as categorias. "O concurso atendeu aos seus objetivos, inclusive ao mostrar a todos os agricultores que podem produzir café de altíssima qualidade", enfatiza.

Aspecto educativo

Conforme explica o gerente da Unidade Regional (Uregi) da Emater-MG em Passos e coordenador do concurso, Marcos Fabri Jr., os objetivos principais são divulgar os cafés de Minas, valorizá-los por meio do leilão dos melhores e agregar qualidade ao produto. "Estamos enfatizando o aspecto educativo do programa para que todos busquem a excelência da produção", assinala. "Os produtores que enviaram amostras vão receber, depois do encerramento do concurso, um resumo da avaliação feita pelos especialistas em classificação e degustação de café. Técnicos da Emater-MG indicarão também a cada produtor as práticas para melhorar a qualidade do produto."

O coordenador destaca que "este trabalho complementar mostra a importância de se fazer algo mais ao que premiar os bons, pois é preciso dar informações para que os demais participantes melhorem sua produção. Fabri assinala que "Minas é o maior produtor de café do Brasil e quer ser também o melhor". Ele observa ainda que a conquista de novos mercados para o café é muito importante, mas é necessário fortalecer o consumo interno, que é o maior do mundo, na casa dos 18 milhões de sacos por ano. "Quando oferecermos cafés finos para o consumidor brasileiro, esse contingente aumentará", finaliza.

Produção forte

A safra de Café de Minas corresponde a um pouco mais da metade da safra do Brasil, que é estimada pelo IBGE em 2,8 milhões de toneladas. Os dados apurados pela Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura mostram que a produção estadual, neste ano, está estimada em 1,4 milhão de toneladas, na comparação com a safra anterior, que foi de 987,1 mil toneladas, ou aumento de 44,6%. Já o rendimento estimado para este ano é de 1,4 tonelada de café por hectare, na comparação com os 932 quilos por hectare registrados na safra anterior. As informações são da assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

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