Mercado da soja ganha terreno em Chicago
“O clima não impediu que os agricultores brasileiros se lançassem ao plantio atingindo 81%"
O mercado de soja ganha terreno novamente na Bolsa de Chicago ao continuar a se preocupar com o clima na América do Sul, segundo o que afirmou a TF Agroeconômica. “Modelos indicam semana de pouca chuva no Brasil. A contribuição do Hemisfério Sul é fundamental em um contexto de abastecimento apertado nos EUA. Ao mesmo tempo, a expectativa de demanda da China permanece. O setor externo americano continua dinâmico, segundo o relatório semanal da última quinta-feira”, comenta.
“Preocupações persistentes sobre as condições climáticas na Argentina e no Brasil continuaram a sustentar o sentimento de alta nos futuros nesta segunda-feira, superando as notícias de que os Fundos haviam se posicionado no lado das vendas na Chicago Board of Trade. Os futuros subiram 14 c/bu de alta no fechamento de quinta-feira em US$ 11,95/bu, antes de testar imediatamente US$ 12/bu – o nível mais alto desde junho de 2016”, completa.
No entanto, isso desencadeou uma onda de vendas técnicas e o contrato de janeiro caiu para US$ 11,86/bu antes de se recuperar para US $ 11,93/bu, um aumento de 11 centavos no dia. “Na sexta-feira, dados da CFTC mostraram que as posições vendidas de soja, detidas pelos Fundos, dobraram na semana, embora de uma faixa muito estreita, reduzindo de 3% para 208.774 lotes ao longo da semana. Isso ocorreu apesar das notícias de que houve menos precipitação do que o esperado em todo o Brasil no fim de semana e chuvas esparsas previstas sobre Argentina e Brasil nesta semana”, indica.
“O clima não impediu que os agricultores brasileiros se lançassem ao plantio atingindo 81% da área prevista – em grande parte em linha com os anos anteriores, e o mercado esperando uma safra de 132,2 milhões de t. As inspeções de exportação de soja dos EUA caíram quase 20% na semana para chegar a pouco mais de 2 milhões de t, abaixo dos 2,2-2,4 milhões de t que a maioria dos analistas esperavam ver”, conclui.