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Mercado de defensivos avança em Goiás

Culturas como cana-de-açúcar e algodão devem ter consumo recorde esse ano


O mercado de defensivos agrícolas no Brasil movimentou mais de US$ 7 bilhões em vendas no ano de 2010 e pode crescer até 15% este ano. Esse crescimento se deve a, principalmente, os bons preços dos produtos agrícolas assim como acontece nos preços dos fertilizantes. Culturas como cana-de-açúcar e algodão devem ter consumo recorde esse ano. Na cana o bom momento de preços do açúcar e a necessidade de renovação de muitos canaviais devem demandar uma boa quantidade de defensivos. Já o algodão, que apresenta os preços mais altos da história também deve ter incremento de tecnologia nesse sentido. Soja e Milho não ficaram para trás e a expectativa é de aumento de área para a safra de verão 2011/2012 e deve contribuir para o aumento dessa demanda.

Já o Ministério da Agricultura divulgou dados menos otimistas com um aumento de quase 4,5% para este ano. É evidente que os produtores brasileiros incorporam mais tecnologias à produção quando a cultura agrícola está com bons preços.

Atualmente somos o segundo maior consumidor mundial desses produtos, mesmo assim, ainda usamos bem menos defensivos do que outros países na média por hectare, segundo dados da ANDEF. Segundo a entidade, em média por hectare usamos, um décimo do que se usa no Japão, metade dos americanos e um terço dos franceses. Nos E.U.A. os agricultores plantam apenas uma safra por ano, enquanto que no Brasil são duas, por isso o Brasil é um mercado tão visado pelas multinacionais.

Do total de defensivos comercializado no país 46% vão para soja, 11% para cana-de-açúcar, 10% para algodão e 10% para milho, perfazendo um total de quase 80% somente para quatro tipos de cultura.

Goiás como sendo um grande produtor de grãos, cana-de-açúcar e tomate industrial, demanda bastante fungicidas, inseticidas e herbicidas.

Com os bons preços dos produtos agrícolas o mercado de defensivos tende a haver elevação de preços, porém, nesse momento observamos certa estabilidade nos preços médios. Os herbicidas mantiveram preços estáveis e os fungicidas foram os que tiveram maior queda de preços na média geral (4,5%). Os inseticidas foram únicos os produtos que tiveram alta em março. Assim como acontece com os fertilizantes, a expectativa é de picos de alta de preços ao longo do ano caso os valores dos produtos agrícolas mantenham-se favoráveis.

A análise dos preços de defensivos é realizada mensalmente pela Gerência de Estudos
Técnicos e Econômicos da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG).
Gerente de Estudos Técnicos e Econômicos: Edson Alves Novaes
Responsáveis técnicos: Alexandro Alves dos Santos e Leonardo Machado

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