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Mercado de reposição fecha julho em queda

Apesar da alta provocada pela desvalorização do bezerro e a valorização do boi gordo


Foto: Marcel Oliveira

O período de entressafra normalmente apresenta negociações mais lentas para os pecuaristas, principalmente pela menor qualidade das pastagens por conta da estiagem e temperaturas baixas. Esse efeito causa uma menor demanda por animais mais jovens, aliviando a pressão de compra pelo bezerro, causando assim a desvalorização dos preços. 

“Tivemos quedas nas praças de Mato Grosso do Sul, com -1,4% em relação a junho e São Paulo, com -3,3% no mesmo período. Somado a isso, o boi gordo seguiu o mês firme, o que resultou em uma valorização na média mensal de 0,4% no CEPEA à vista”, explica Gabriel Zylberlicht, business intelligence da Nutricorp.

De acordo com Zylberlicht, a demanda firme pela matéria prima dos frigoríficos pode ser parte justifica da pela alta demanda de carne bovina no mercado externo, principalmente para a China. “Se olharmos para os dados da SECEX, veremos que foram exportadas em julho deste ano, 140,3 mil toneladas de carne in natura, gerando uma receita de 903 milhões de dólares”, analisa.

Com base nesses dados, é possível analisar a relação de troca, métrica que busca indicar o poder de compra do pecuarista em relação à venda de um boi gordo pronto para o abate e com a compra do bezerro. “Observando essa relação, concluímos que o mês de julho encerrou com alta devido à desvalorização do bezerro somada a valorização do boi gordo. Por outro lado, o indicador segue abaixo da média histórica”, finaliza.


 

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