Mercado de trigo segue pressionado
Em Santa Catarina, o avanço da colheita aumenta a oferta
Em Santa Catarina, o avanço da colheita aumenta a oferta - Foto: Canva
O mercado de trigo no Sul do Brasil segue pressionado pela menor demanda típica de fim de ano, segundo a TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, a previsão de parada dos moinhos para manutenção e férias coletivas reduziu o ritmo de compras, derrubando os preços em 0,75% no dia e 4,68% no acumulado do mês, conforme dados do Cepea. As ofertas dos moinhos variam entre R$ 1.060 e R$ 1.130 CIF, mas ainda ficam abaixo da competitividade da exportação, que paga R$ 1.035 FOB. Na região de Panambi, os preços da pedra permanecem estáveis em R$ 55,00.
Em Santa Catarina, o avanço da colheita aumenta a oferta, mas a distância entre expectativas de vendedores e compradores trava os negócios. Produtores pedem R$ 1.200/t FOB, enquanto compradores ofertam entre R$ 1.100 e R$ 1.150, dependendo da logística. Ainda predominam ofertas vindas do Rio Grande do Sul, em torno de R$ 1.080 FOB mais R$ 180 de frete, além de trigo paulista chegando a R$ 1.250 CIF. Os moinhos catarinenses seguem indicando entre R$ 1.130 e R$ 1.150 CIF. Os preços pagos ao produtor permanecem praticamente congelados: R$ 63,00/saca em Canoinhas, R$ 61,00 em Chapecó e valores entre R$ 62,00 e R$ 64,25 nas demais praças.
No Paraná, o mercado local mantém alta lenta. Moinhos abastecidos oferecem R$ 1.200 CIF Curitiba e Campos Gerais, com foco em janeiro. No Norte, as indicações chegam a R$ 1.250–1.280 CIF, enquanto no Oeste variam de R$ 1.200 a R$ 1.220 CIF. O trigo importado segue como referência, cotado a US$ 260 com 12,5% de proteína em Antonina e US$ 240 com 10,5% em Paranaguá. A média estadual paga ao produtor subiu 0,32% para R$ 64,03, reduzindo o prejuízo para 14,20%, lembrando que o mercado futuro já ofereceu margens de até 32,1%.
