Mercado do milho fechou em queda na B3
O Brasil plantou uma área menor e ainda há cinco meses até chegar a Safrinha brasileira
O mercado de milho na B3 de São Paulo, fechou em queda, nesta quarta-feira, seguindo a forte queda de Chicago, porque alivia a demanda de exportação e o abastecimento interno no Brasil, segundo informações da TF Agroeconômica. “Com isto, a cotação de março recuou R$ 1,78 no dia para R$ 85,08; a de maio recuou R$ 1,11 no dia para R$ 83,85 e a de julho recuou R$ 0,99 no dia para R$ 77,70”, comenta.
“Apesar deste recuo, voltamos a repetir que a estrutura básica dos fundamentos não mudou: o milho apresenta lucros médios de 78,72% em relação ao seu custo de produção. Mas, assim mesmo, como vimos afirmando há mais de um mês, inclusive com entrevista gravada no Canal Rural para verificar depois, os fundamentos continuam altistas a médio e longo prazos no Brasil, com as cotações já superando a alta anterior de novembro, diante da falta de disponibilidade no Brasil (por excesso de vendas no ano) e forte demanda nos mercados internos e externos”, completa.
Além disso, o Brasil plantou uma área menor e ainda há cinco meses até chegar a Safrinha brasileira. “Por último, ainda temos uma demanda forte (as exportações de frango cresceram 40% e as de carne suína 36,7%, além das do próprio milho, que continuam elevadas) o que leva a crer que os preços permanecerão firmes. Todos os produtos concorrentes do milho (farelo de soja, farelo de milho e o próprio trigo) continuam com preços muito elevados e também com viés de alta para o primeiro semestre de 2021”, indica.
“O único movimento contrário é o próprio nível do preço, que começa a fincar insustentável para os consumidores finais, principalmente de ovos e leite, que não podem repassar os ganhos cambiais das carnes.”, conclui.