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Mercado latino de biopesticidas deve crescer 16% ao ano

De acordo com especialistas, existe uma demanda crescente para esse tipo de produto


Foto: Rizobacter

Segundo o relatório da Mordor Intelligence, o mercado de biopesticidas da América Latina foi avaliado em US$ 305,1 milhões em 2017 e deve registrar um CAGR de 16,4% durante o período de previsão (2018-2023). O Brasil é o maior detentor de biopesticidas da América Latina com receita de US$ 103,5 milhões em 2017 e deve registrar um CAGR de 10,3% durante o período previsto (2018 - 2023). 

De acordo com Matias Santipolo, Gerente de marketing da Rizobacter Brasil, a sociedade olha cada vez mais de perto a agricultura e exige tecnologias mais ecológicas. “Essa pressão social está gerando mudanças na demanda por produtos de proteção de culturas, por exemplo, produtos com baixo perfil ecológico mas com excelente eficiência agronômica, tem sido regulado seu uso, até mesmo banidos. Por exemplo, na Argentina, os defensivos podem ser usados dependendo de sua toxicidade e são delimitados por regiões”, afirma.

Para Gustavo Hermann, diretor comercial da Koppert Brasil, a demanda está se tornando mais consistente. “O mercado (especialmente a indústria) está se tornando mais profissional, à medida que os requisitos de qualidade e alto desempenho estão aumentando para os usuários”, completa o especialista.  

Nesse sentido, Gregorio M. Katz, diretor da TENSAC, indica que os mercados buscam ter maior competitividade em nível global, buscando buscar alternativas produtivas à convencional, para produções orgânicas, o que também acaba impactando. “Com base nisso, achamos que os mercados estão procurando alternativas de BIO em relação aos produtos convencionais. Isso gera uma expansão de um nicho de mercado e consideramos que a tendência é nesse sentido”, comenta. 

“Quando olhamos para o maior mercado, o Brasil, as oportunidades são maiores em lavouras em linha, como soja, milho, algodão, cana-de-açúcar e outras. Ao mesmo tempo, os desafios são tão grandes quanto as áreas, porque esses segmentos são culturas intensivas em produtos químicos. Em outros países, como Chile e Colômbia, por exemplo, o foco dos produtos biológicos está mais relacionado a culturas de alto valor, como frutas, tomates, flores, etc”, finaliza Hermann. 

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