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Mercado mato-grossense do boi sinaliza firmeza para negócios

As estatísticas mostram que os preços tiveram uma recuperação de 19,04%


Após uma pequena recuperação nos preços da arroba do boi gordo neste mês, quando os valores médios passaram de R$ 48 para R$ 50 (ganho de 4,16% para o pecuarista), o mercado mato-grossense sinaliza firmeza nos negócios à vista e a prazo para os produtores nas próximas semanas.

De acordo com informações do Centro de Comercialização de Bovinos (Centro-Boi) da Federação da Agricultura e Pecuária (Famato), o mercado em Mato Grosso está estável e, em algumas regiões, a cotação chega a apresentar uma variação de R$ 1/arroba acima dos valores médios de mercado.

As estatísticas mostram que os preços atuais tiveram uma recuperação de 19,04% em relação à pior cotação do ano passado (R$ 42/arroba), registrada em junho, e perda de 22% em comparação com o melhor valor pago em 2006 (R$ 61/arroba).

“Podemos afirmar que o ano começou com preços firmes para os produtores. O importante é que, apesar de ainda estarem longe do ideal, os preços não tiveram queda neste ano. E isso é um bom indicador para os pecuaristas”, analisa o coordenador do Centro-Boi, Luciano Vaccari.

A tendência, segundo ele, é que o mercado se mantenha estável até o mês de maio e, a partir daí, retome a trajetória de recuperação em função de “três vetores” básicos que medem o comportamento do mercado pecuário: período da entressafra, redução do rebanho e aumento da demanda.

Segundo Vaccari, com o início da estiagem o gado emagrece e conseqüentemente cai a oferta para os frigoríficos. “Outro dado importante é que tivemos uma redução de 700 mil cabeças em nosso rebanho no ano passado, e isso também é um fator relevante quando se tem uma projeção de aumento do consumo da carne. Esse tripé favorece os negócios ao produtor”.

No Centro-Boi, as vendas tanto pelo mercado físico quanto pelo futuro vêm aumentando. “Isso mostra que o pecuarista está procurando se informar melhor para obter preços maiores para seus produtos. Estamos percebendo que os pecuaristas estão mudando a cultura de vender sem antes consultar um boletim de cotações, por exemplo”, observa Vaccari.

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