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Mercoeste tem potencial para alavancar a economia regional


"O potencial futuro das exportações brasileiras está no Mercoeste", disse ontem, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, durante sua participação no 1º Encontro de Promoção de Investimentos do Mercoeste, em Cuiabá, no Mato Grosso. Segundo Furlan, o potencial da região do Mercoeste, que abrange sete Estados - Centro-Oeste e Norte - cresce na medida que os produtos primários se transformam e agregam valor. "A saída é atrair industrias, agregar valores, diversificar produtos e unir pequenas indústrias", observa o ministro.

Durante o mês de novembro, a exemplo dos outros meses do ano, o Centro-Oeste registrou um crescimento nas exportações de 33% contra a média nacional de 20%. Para alavancar o Mercoeste, o ministro reconhece que os recursos disponibilizados "são poucos e há necessidade de suporte logístico e infra-estrutura".

O Mercoeste é um projeto estratégico regional do Senai que revela os potenciais econômicos do Distrito Federal, Acre, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Rondônia e Mato Grosso do Sul - apresenta soluções para a alavancagem econômica da região, mas também, aumenta a demanda por recursos federais. Para 2004, segundo o diretor executivo do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), Otaviano Muniz Júnior, estão assegurados R$ 3,3 bilhões, sendo que para Mato Grosso, serão repassados R$ 900 milhões.

"Em Mato Grosso este ano foram repassados R$ 370 milhões. Como triplicamos os valores, o Mercoeste tem a disposição cerca de R$ 2 bilhões e o Centro-Oeste uma demanda reprimida de outros R$ 1 bilhão", explica.

Para o secretário de Desenvolvimento do Centro-Oeste, Alexandre César, o evento do Mercoeste inaugura a segunda fase do projeto é realizar a expansão do Centro-Oeste, "por meio de arranjo entre setor produtivo, governos federal e estadual".

Como forma de driblar a escassez de recursos, Furlan acredita que há como disponibilizar recursos para este problema, um gargalo ao desenvolvimento das regiões Centro-Oeste e Norte, por meio da integração entre outros países da América do Sul, criando, especificamente para Mato Grosso, uma saída para o Noroeste.

"Com isso vamos diversificar nossa pauta de exportações, como por exemplo, dando suporte à explosão do algodão. Vamos deixar de exportar bens de baixo valor agregado", argumenta Furlan. Com essas perspectivas, o Ministério acredita em um crescimento das exportações brasileiras em 10% para 2004, "sendo que a região central do Brasil deverá crescer muito mais", destaca.

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