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Mercosul deve produzir 24,9 milhões de toneladas de trigo

T&F Consultoria Agroeconômica revisou para cima sua previsão



A T&F Consultoria Agroeconômica revisou para cima sua previsão de produção de trigo no Mercosul, principalmente em função de uma expansão no Brasil. A segunda projeção divulgada pela empresa relativa à safra 2018/19 prevê que sejam colhidas 24,9 milhões de toneladas no bloco econômico da América do Sul, o que representa um aumento de 5,96% em relação à safra anterior, que foi de 23,5 MT. 

Com uma produtividade média de 3,27 mil kg/hectare, a produção argentina seria próxima a 18 milhões de toneladas. A principal causa da baixa nesse país é a falta de umidade do solo, que atingiu fortemente as lavouras de verão e que, por enquanto, não está se recuperando adequadamente para o plantio de inverno. Uma mudança no clima, porém, pode mudar esse cenário.

“Com relação ao Brasil, o maior avanço na área deverá ocorrer no Paraná, incorporando os 263 mil hectares não plantados com milho safrinha nesta safra. O esforço é grande para que isto aconteça, principalmente das cooperativas e cerealistas, aos quais, neste ano, num gesto aplaudidíssimo, estão se juntando os moinhos, que concordaram em fixar preços durante o plantio para o trigo que receberão na colheita. As perspectivas do quadro de oferta & demanda no Brasil favorecem esta operação. Este trabalho de todos, em conjunto, com um mesmo objetivo, é um dos fatores de sucesso do trigo paranaense”, comenta o analista Luiz Fernando Pacheco. 

No Rio Grande do Sul, as principais lideranças do mercado informam a possibilidade de um aumento de 10% da área. Dos estados de São Paulo para cima, espera-se um aumento de 0,9% no Centro-Oeste, parcialmente compensado com um declínio de 1,7% no Sudeste. Tudo isto, deverá ajudar a elevar a produção brasileira em 26,19%, para 5,3 milhões de toneladas. 

“Já os triticultores do Paraguai não estão tão animados com o plantio de trigo nesta temporada. Até o momento, todos os prognósticos, oficiais ou oficiosos, falam em um máximo de 1,0 milhão de toneladas a serem produzidas no país, a partir do plantio de 428 mil hectares a serem implementados neste ano (mas, aqui também, se o clima favorecer, poderá haver acréscimo nos próximos relatórios)”, diz Pacheco. 

Também os triticultores do Uruguai não estão muito animados. “Se espera que a área de trigo seja similar a do ano passado” diz um relatório recebido pela T&F na última sexta-feira, mesmo com os preços elevados deste momento (em torno de US$ 220/t CIF moinhos). Com isso se deduz que a produção não deverá ultrapassar as 600 mil toneladas.

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