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Mês de março marca início da colheita de citros no Rio Grande do Sul

Primeira fruta da nova safra colhida é a bergamota Okitsu


É no mês de março que os citricultores gaúchos iniciam os trabalhos de colheita dos pomares, especialmente nas regiões mais quentes, como o Vale do Rio Caí. Conforme o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (14/03), a primeira fruta da nova safra colhida é a bergamota Okitsu, do grupo das Satsuma, de origem japonesa. O percentual colhido até o momento é de 15%. 

Além da colheita, os citricultores dedicam-se também, nesta época, ao raleio das frutinhas verdes, que consiste na retirada de parte das frutas verdes, no início do seu crescimento, permitindo com que as frutas que ficam na planta tenham desenvolvimento e qualidade superiores. “Esta prática é fundamental para conferir qualidade às bergamotas das variedades do grupo das comuns, como a Caí, Pareci e Montenegrina”, explica o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Ênio Ângelo Todeschini. 

As bergamotinhas verdes retiradas no raleio são comercializadas para indústrias localizadas no Vale do Caí e Bento Gonçalves, que realizam a extração do óleo da casca - utilizado na elaboração de perfumes, produtos de higiene e limpeza, além de alimentos e refrigerantes. Segundo o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar Derli Paulo Bonine, o óleo essencial extraído da bergamota é um produto único no mundo. 

O valor médio recebido pelos citricultores pela bergamotinha verde está, atualmente, em R$ 0,15/kg. O preço médio recebido pela fruta madura é de R$ 10,00 pela caixa com 25 kg, valor bem abaixo dos R$ 15,00 recebidos no ano passado. 

Juntamente com o raleio, os citricultores também aproveitam para fazer a poda verde, cujo objetivo é abrir a copa das árvores, permitindo a entrada de luz. Conforme Bonine, como as variedades de bergamota do grupo das comuns têm maturação escalonada, seu desenvolvimento também é diferente, sendo que a sequência do raleio segue a sequência da maturação, ou seja, variedades Caí, Pareci e Montenegrina, cujo raleio está em 95%, 80% e 20%, respectivamente. 

A lima ácida Tahiti - cuja colheita ocorre ininterruptamente, pois possui floração durante todo o ano – apresenta elevada produção, refletindo-se em igual oferta local. Somando-se à entrada da lima ácida de São Paulo no mercado, o efeito natural é a pressão dos preços para baixo, que estavam, no mês de janeiro, em R$ 30,00 para a caixa com 25 kg e, hoje, situam-se em R$ 10,00. 
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