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Mesmo com atraso, safra dos EUA pode ser melhor que a estimada

Executivo chinês e americano falam sobre as perspectiva da safra norte-americana


Executivo chinês e americano falam sobre as perspectiva da safra norte-americana

Diante da provável super safra mundial de grãos e, especialmente, depois da divulgação dos estoques finais de produção dos Estados Unidos (EUA) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que alterou de 3,4 milhões para 3,8 milhões de toneladas de soja, o mercado futuro de grãos sofreu quedas. Além disso, os dados ainda preliminares da safra norte-americana também pressionaram os preços para baixo. Todo esse cenário tem causado incertezas no produtor mato-grossense quanto ao mercado. No estado devem ser produzidas 25,28 milhões de toneladas de soja na safra 2013/14.


A boa notícia é que a China, maior compradora de soja, deve comprar mais soja e milho nesta safra, segundo o diretor executivo da Hopefull Group, Lin Tan. A empresa chinesa esmaga soja, produz e envasa óleo, gera farelo de soja e outros produtos para alimentação humana. “A China irá importar seis milhões de toneladas a mais neste ano”, disse. Lin está visitando propriedades, armazéns e associações de soja nos estados norte-americanos de Dakota do Norte, Dakota do Sul, Minessota, Iowa, Nebraska e Kansas até a próxima semana.

O mercado mundial sentiu a entrada do milho norte-americano e as cotações despencaram nos últimos dias para os contratos para dezembro, mesmo com atraso da colheita do cereal nos EUA em relação ao ano passado (12% até o dia 30 de setembro contra 52% do mesmo período do ano passado). O USDA projeta uma produção de 351,64 milhões de toneladas de milho para a temporada 2013/14 no país, 30% maior que a anterior.

E este ano o cenário climático do milho nos EUA apresenta-se em melhores condições que na safra passada, quando uma forte seca arrasou as lavouras. “O tempo foi seco até a semana passada e em seguida também tivemos chuvas fortes que atrapalharam o progresso da colheita, mas agora já estamos progredindo bem”, explicou o produtor e representante da Associação dos Sojicultores de Illinois (ISA, na sigla em inglês), Mike Marron.


Segundo ele, o atraso na colheita devido também à demora na maturação em consequência da seca prolongada não tirará a produtividade e qualidade do grão. “Pelo menos na nossa área, a soja está melhor do que esperávamos. Pensávamos que haveria uma safra com média baixa, mas a produtividade tem sido na média ou um pouco acima”, finalizou ele.

Lin explica que na China o milho é utilizado principalmente para alimentação e há uma cota estabelecida para importações do grão. “A cota é de 7,2 milhões de toneladas, então o país deverá importar mais DDG (sigla em inglês para grãos secos por destilação, usada na alimentação animal) e outros grãos para substituir”, informou. 

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