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Mesmo com cancelamentos da China, cenário para Brasil ainda é favorável

Atualmente, a China compra cerca de 60% da soja produzida no Brasil.


Ainda que pese o cancelamento de duas compras de soja brasileira por parte de empresas chinesas nos últimos 30 dias, devido a atrasos nos embarques nos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), o cenário ainda é positivo para o produtor da oleaginosa.

Isso porque, segundo o último boletim da soja elaborado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a China está produzindo menos e consumindo mais soja. Atualmente, o país compra cerca de 60% da soja produzida no Brasil.

“A queda na área de plantio da soja na China, juntamente com o aumento no consumo doméstico de óleo e grão, deve favorecer o cenário das exportações do complexo soja brasileiro com destino a este país nos próximos meses”, analisam os técnicos do Imea.


De acordo com recentes dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), houve uma redução de 7,4% na área plantada do grão na China na safra 2011/12 e de 8,7% na safra 2012/13, “o que fez com que a produção chinesa tivesse quedas de 4% e 13% nestas safras, respectivamente”, pontua o instituto.

Os chineses são os principais importadores da soja mato-grossense, com os índices sempre aumentando. De 2005 até 2012, o crescimento do volume embarcado da oleaginosa oriunda de Mato Grosso com destino à China foi de 177%, com acumulado de sete milhões de toneladas registradas no ano passado.


Oferta e demanda

Os principais importadores de soja em grão do mundo continuam na safra 2012/13 com demanda crescente. A China deve importar 61 milhões de toneladas, acréscimo de apenas 3% em relação a safra 2011/12, mas o correspondente a 64% do total movimentado em importações no mundo. Já a União Europeia e o México, em 2º e 3º lugar no ranking, são os únicos que devem retrair as importações, reflexo da instabilidade da economia na Europa. No Japão, 4º maior importador, a cenário é de estabilidade, comprando 2,4 milhões de toneladas.

No contexto geral, a necessidade do grão deve continuar em expansão, crescendo 4% em comparação ao último ciclo, totalizando 95 milhões de toneladas. E o Brasil deve participar com 39% desse volume exportado, segundo a Conab.

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