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Milho: plantabilidade correta é foco de testes na Embrapa Milho e Sorgo

Testes deverão ser finalizados até agosto


A Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) deve finalizar até agosto testes comparativos entre quatro dosadores de semeadoras com o objetivo de identificar os principais problemas de plantabilidade na cultura do milho e fornecer informações precisas para o estabelecimento do estande adequado e para o aumento da produtividade do cereal. O trabalho vem sendo feito em parceria com as empresas Marchesan, Pro Solus e Apollo Agrícola e uma tecnologia inédita está em avaliação, que é capaz de auxiliar a regulagem do disco na fase de distribuição de sementes. Esse sistema possui três raspadores e rosetas de expulsão dos grãos que otimizam o sistema de distribuição.

Os quatro dosadores estão sendo testados em dois sistemas de distribuição: um pneumático e um de disco convencional, da empresa Marchesan, em sistema de plantio direto. Mais dois dosadores também estão em fase de testes. O primeiro é um disco recém-lançado por uma das empresas parceiras (Apollo Agrícola) denominado “RampFlow”, que reduz o atrito das sementes no processo de semeadura e pode diminuir em até 60% os erros, seja o número de falhas ou de duplos na linha. O último dosador está em fase de lançamento. Denominado “Kit Titanium”, apresenta indicação de maior precisão de plantio. Sensores que acusam a correta distribuição de sementes e de insumos também estão em avaliação.

Segundo o pesquisador Evandro Chartuni Mantovani, da área de Mecanização Agrícola da Embrapa Milho e Sorgo, esses sensores acusam tanto a falta de sementes ou de adubo nos depósitos da semeadora quanto são capazes de identificar a contagem correta de grãos que estão sendo depositados por hectare. “Teremos respostas precisas para uma agricultura que usa alta tecnologia e saberemos se os problemas relatados hoje, principalmente na região Centro-Oeste, são provenientes da falta de conhecimento da máquina por parte do operador”, revela Mantovani.

O referencial que está sendo seguido para a realização dos testes é a população de 80 mil plantas por hectare em dois espaçamentos: 45 cm e 90 cm. A velocidade de semeadura também vem sendo avaliada, já que quando não adequada, pode interferir na distribuição de sementes, reduzindo a população de plantas. Dessa forma, continua o pesquisador, os testes vêm sendo realizados nas velocidades de 5 km/h, 7 km/h e 9 km/h. Um híbrido simples de milho, de grande procura, é o material genético em uso nos experimentos. “O difícil não é plantar, mas regular adequadamente as máquinas para obter o estande de plantas recomendado, visando o aumento da produtividade. E acreditamos que teremos respostas convincentes para esse problema”, conclui o pesquisador.

Os testes vêm sendo conduzidos em uma área de 7,2 mil m² da Embrapa Milho e Sorgo e estão sendo acompanhados pelo técnico agrícola João Batista Guimarães Sobrinho, da área de Transferência de Tecnologia. Mais informações: NCO (Núcleo de Comunicação Organizacional) da Embrapa Milho e Sorgo, Unidade da Embrapa, vinculada ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento): (31) 3027-1905 ou [email protected] .

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