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Milho em alta pressão

O excesso de oferta de milho no mercado brasileiro tem levado os preços do cereal para o fundo do poço


Levantamentos regionais mostram que o valor atual do produto é o mais baixo dos últimos três anos. No Paraná, segundo maior produtor de milho do Brasil, a saca de 60 quilos caiu ontem para média de R$ 17,41, conforme o Departamento de Economia Rural (Deral). Em Mato Grosso, onde boa parte da colheita continua a céu aberto por falta de espaço para armazenar o cereal, os produtores pedem entre R$ 9 e R$ 14 pela saca, dependendo da região, aponta o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). E os negócios estão parados.

O patamar atual é comparado aos preços de 2009 e 2010, quando o governo federal teve de intervir fortemente no mercado na tentativa de enxugar o excedente da época. Neste ano, porém, o excesso é histórico. Após colher duas safras recordes – no verão e inverno – o Brasil está com os estoques lotados. Já as exportações do grão tendem a ser menores até o final do ano. Além disso, outros países produtores, como a Ucrânia, ganharam competitividade no mercado internacional. Os Estados Unidos, maiores fornecedores globais, confirmam retomada da produção local.

Vendas dobradas

12 milhões de toneladas. Foi quanto o Brasil exportou de milho até o momento, o dobro do ano passado. Mesmo assim, há excesso de oferta no mercado interno, que tende a ficar com recordes 18,1 milhões de toneladas em estoque.

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