Milho em queda: Ainda dá pra salvar lucro?

O mercado futuro de milho na Bolsa B3, de São Paulo, voltou a fechar em queda generalizada nesta quinta-feira (03.12), seguindo as quedas do mercado físico interno. Com isto, as cotações de janeiro recuaram R$ 1,76 para R$ 72,87; para março de 2021; recuaram R$ 0,89 também para R$ 73,54 para março. E recuaram também R$ 0,85/saca para R$ 71,13 para maio.

“Os recuos constantes da cotação de março confirmam o acerto de nossa recomendação de fixação de preço quando a cotação de março atingiu entre R$ 82-84,00/saca. De lá para cá as cotações já recuaram R$ 10,48/saca, que fariam a festa de qualquer vendedor. De qualquer maneira, ainda é tempo de salvar alguma lucratividade”, ressalta a TF Agroeconômica.

De acordo com a equipe de analistas de mercado, com custos de produção atualizados pelo Deral-PR para R$ 38,47 para o milho de verão, o lucro limpo (depois de pagas todas as despesas) ainda seria ao redor de 91,16%, depois de ter chegado a 116% há 30 dias. “Por isso, nossa recomendação é que sejam fixados preços na B3 para volumes referentes ao milho de verão dos três estados do Sul, que tem custos baixos e preços ainda elevados”.

CHICAGO

Ainda de acordo com a TF Agroeconômica, dados robustos das exportações semanais nos EUA permitiram a alta dos preços do milho na Bolsa de Chicago. “Além disso, persistem rumores de que a China busca milho norte-americano. As chuvas na Argentina e no Brasil transmitem tranquilidade e condicionamento ao mercado. Um complexo de soja em agitação, dólar mais fraco e indicações otimistas de exportação viraram os futuros de milho dos EUA nesta quinta-feira, revertendo perdas iniciais para registrar novos ganhos”, concluem os analistas.