Milho inicia semana em baixa na B3
Em Chicago as inspeções de exportação decepcionam
Agrolink
- Leonardo Gottems
Foto: Nadia Borges
O mercado futuro do milho na B3 iniciou a semana em baixa, com números de importação cada vez maiores, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Por mais um dia, o movimento de correção da Bolsa de Mercadorias, além de se basear em uma realização de lucros, voltou-se ao mercado importador. A paridade de importação vem sendo o principal termômetro neste momento”, comenta.
“Dados divulgados pelo Secex mostram que de janeiro até julho o Brasil já acumulou 1.081 milhão de toneladas importadas, o que representa um salto de 112,6% em relação ao ano passado. Ainda, de acordo com o órgão, os principais países de origem são Paraguai (71% do total), Argentina (28%), Estados Unidos (1,1%) e África do Sul (0,025%). As cotações fecharam este início de semana da seguinte forma: setembro/21 a R$ 97,30 (-0,36%); novembro/21 a R$ 97,66 (-0,62%); janeiro/22 a R$ 99,44 (-0,31%) e março/22 a R$ 98,70 (-0,31%)”, indica.
Em Chicago as inspeções de exportação decepcionam. “Realização de lucros pelos fundos, em dia de desarmamento de posições compradas em commodities em geral. Além disso, as chuvas teriam beneficiado as safras nas regiões produtivas dos EUA. Os embarques semanais abaixo do esperado causaram certa decepção no lado da demanda. O complexo agrícola dos EUA abriu a semana sob pressão, antes da atualização mensal do USDA para seu influente relatório Wasde”, completa.
“Por volta do fechamento, o contrato do mês anterior em setembro estava $ 0,04/bu mais baixo para $ 5,51/bu, com dezembro caindo $ 0,03/bu para $ 5,53/bu. Com poucos condições de clima quente observadas no meio-oeste durante a maior parte do fim de semana, os preços ainda estavam sob pressão em meio à queda nos futuros de trigo e soja. Além disso, as inspeções de exportação entraram em colapso semana após semana, já que o noroeste do Pacífico dos EUA não entregou nenhum volume e a atividade do Golfo dos EUA desmoronou”, conclui.