Milho segue forte e com tendência de alta

O mercado internacional de milho segue aquecido e com tendência de alta, de acordo com a Consultoria TF Agroeconômica: “As fortes compras chinesas nos Estados Unidos, de 3,8 milhões de toneladas confirmadas apenas nesta semana, elevaram o total de vendas de milho norte-americano já atingiram 60,5 milhões de toneladas, faltando nove semanas até o final da temporada”. 

Segundo a equipe de analistas, o nível de comercialização observado no mercado global faz “prever a possibilidade de, não só ser atingido, como ultrapassada a meta estabelecida pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA) de 66 milhões de toneladas de exportação daquele país”.

No mercado brasileiro, apontam os especialistas, a escassez de produto e os atrasos da soja, que reduzem a janela de plantio do milho Safrinha são fatores de alta para o produto, neste primeiro semestre de 2021. “Os preços do mercado físico subiram 18,18% de fevereiro até agora, no Mato Grosso do Sul, importante produtor e fornecedor dos estados do Sul e de São Paulo. No mês de março os preços estão andando de lado, mas em níveis elevados”, destacam.

Na B3, os preços do milho terminaram fevereiro ao redor de R$ 88,00/saca e, em março, já ultrapassaram R$ 96,00 em alguns momentos, entrando num ritmo de avança/recua, mas mantendo-se acima dos noventa reais/saca para maio, mês que antecede a Safrinha. “A tendência, portanto, é a de os preços do milho se manterem elevados, com alta rentabilidade, como mostramos no primeiro comentário. O grande problema é a janela de plantio, que poderá limitar a oferta e, muito provavelmente, fazer os preços subirem a patamares ainda mais elevados. No entanto, por mais que subam, é muito pouco provável que ultrapassem a lucratividade obtida em novembro, como calculamos acima”, conclui a TF.