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Milho sobe na B3, mas cai no mercado físico

"Os produtores não acreditam na queda do preço, por isso não tem interesse em vender nesse nível de preço o milho "


A pesquisa diária divulgada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicou que o milho subiu 1,52% nos futuros da B3 nesta segunda-feira (05.10). No entanto, o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, indica que os preços no mercado físico caíram 0,29% em Campinas. 

“A pesquisa diária do Cepea registrou alta de 1,52% na média das cotações do milho no mercado futuro da B3 nesta segunda-feira, elevando a cotação para R$ 34,78/saca e o ganho mensal de novembro para 1,79%. Já os preços médios do mercado físico na praça de Campinas caíram 0,29% no dia, para R$ 34,10, reduzindo a alta mensal de novembro para 1,19%”, informa. 

De acordo com o analista, foi registrada pouca ou nenhuma atividade no interior neste início de semana, porque, de um lado, os vendedores querem preços maiores, não aceitando as últimas quedas no mercado físico. Por outro lado, os compradores estão se sentindo confortáveis diante dos grandes estoques ainda disponíveis no país, “aumentados com as sobras da exportação, que teve o seu volume reduzido em aproximadamente 5 milhões de toneladas, que, agora, estão disponíveis no mercado interno”, comenta. 

“No RS as informações são de comprador entrega janeiro a R$ 37 CIF porto. No interior os negócios estão parados. Os produtores não acreditam na queda do preço, por isso não tem interesse em vender nesse nível de preço o milho (é o que ouvimos, na Serra). Na região das Missões houve ofertas a R$ 38,00 + ICMS, milho do MS, mas a indústria não quis. De milho local não houve ofertas”, indica. 

Em relação à B3, Pacheco afirma que a pressão de vendas vinha se aproximando perigosamente do custo de produção até a semana passada, quando os preços começaram a reagir. E isso foi possível graças a dois fatores que são as coberturas feitas por alguns vendedores do físico sobre algumas operações de barter feitas na compra de insumos para o plantio da safra de verão e a retração de muitos vendedores.

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