Milho tem nova alta, mas é preciso cautela
Na Bolsa de Chicago, o clima e a China impulsionam futuros para limite de alta
O mercado de milho na B3 de São Paulo voltou a fechar em forte alta, nesta quinta-feira, seguindo a alta significativa das cotações de Chicago, diante das preocupações com o clima, tanto nos EUA, como no Brasil, de acordo com informações da TF Agroeconômica. “Com isto, a cotação de maio fechou em alta de R$ 2,07 no dia a R$ 104,34; a de julho avançou R$ 2,61 no dia para R$ 101,81 (pela primeira vez) e a de setembro avançou R$ 2,23 no dia para R$ 97,22”, comenta.
“As fortes preocupações com o clima, tanto nos EUA, como no Brasil, aliadas ao aumento potencial da demanda chinesa em mais 4,0 MT (vide artigo no início deste boletim) impulsionaram fortemente as cotações dos mercados físicos e futuros ao redor do Mundo”, completa a consultoria neste encerramento de semana.
Nesse sentido, os fatores limitantes que estão no horizonte são a isenção tarifária para importações de milho e a forte elevação dos custos para os consumidores finais no Brasil, como produtores de leite e ovos. “Por isso, há que se prosseguir com cautela, tanto nas operações especulativas do mercado futuro, na B3, quanto ao segurar as vendas no mercado físico, onde os lucros já são muito grandes e deve-se pesar se vale a pena arriscar mais ou garanti-los", indica.
Na Bolsa de Chicago, o clima e a China impulsionam futuros para limite de alta nesta quinta-feira. “O tempo frio levanta preocupação nos EUA na fase inicial do plantio. No Brasil, a seca deteriora as condições de milho Safrinha. Aumentos importantes no trigo, eles espalham firmeza. Na Argentina, o BCR elevou sua estimativa de colheita para 50 milhões de toneladas e limita subidas adicionais. Quinta-feira trouxe o quarto dia consecutivo de ganhos e o terceiro dia consecutivo de ganhos de dois dígitos, com os futuros de Chicago subindo com limite de alta nos dois meses mais próximos em meio a outro forte movimento de alta para o complexo agrícola dos EUA”, conclui.