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Milho toca máxima de mais de 3 meses no mercado da China por subsídios do governo

Contratos futuros do milho da China subiram até 1,5 por cento para sua máxima desde meados de julho


Os contratos futuros do milho da China subiram até 1,5 por cento para sua máxima desde meados de julho, antes de encerrar a sessão desta sexta-feira com ganhos menores, em meio a esperanças de que subsídios do governo ajudariam a impulsionar a demanda e reduzir os amplos estoques do grão no país. No entanto, analistas alertaram que a acentuada alta nos preços era insustentável dado que a oferta ainda ultrapassa a demanda. Os preços globais já estão tendo dificuldades em um mercado saturado, com o contrato de referência do milho de Chicago estagnado perto de mínimas de 6 anos no momento em que produtores dos Estados Unidos cultivam uma safra recorde.

O contrato mais ativo do milho na bolsa de Dalian fechou a 1.522 iuanes (225,26 dólares) por tonelada, ante um fechamento de 1.518 iuanes na quinta-feira, após ter tocado mais cedo na sessão um pico de 1.541 iuanes, maior valor desde meados de julho. O preço do milho havia caído para mínimas de um ano ao final de setembro na ausência de preços garantidos para a safra deste ano, que está sendo colhida neste mês, mas o mercado começou a se recuperar após relatos de que Pequim havia autorizado ao menos duas companhias a exportar o grão no próximo ano.

Notícias de subsídios para principais províncias produtoras de milho distribuídos em outubro também sustentaram os preços. Além das processadoras, Pequim também distribuiu cerca de 39 bilhões de iuanes em subsídios para produtores no nordeste da China, onde estão a maior parte das fazendas de milho do país. "Com todas as medidas do governo, produtores gradualmente pararam de entrar em pânico e se acalmaram. Mas é só temporário", disse Meng Jinhui, analista na Cofco Futures. "Depois que essa fase de políticas de apoio acabar, o governo vai começar a vender suas reservas. E então os preços cairão e produtores vão enfrentar ainda mais pressão."

(Dominique Patton)

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