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Minas Gerais apresenta baixo consumo de álcool combustível

O baixo consumo pode prejudicar o setor sucroalcooleiro a longo prazo


O baixo consumo do álcool combustível produzido em Minas Gerais pode levar à "quebradeira" do setor sucroalcooleiro no Estado em longo prazo, segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Fabricação do Álcool no Estado de Minas Gerais (Siamig), Luiz Custódio Cotta Martins. Ao todo, são 26 empresas, que faturam cerca de R$ 2,6 bilhões ao ano. Atualmente, elas são responsáveis pela geração de cerca de 120 mil empregos em 86 municípios envolvidos com o plantio de cana-de-açúcar.

O potencial para crescimento poderia ser ainda maior se não fossem as diferenças tributárias entre os estados brasileiro. "Tem muito empresário assinando protocolo de intenção com o governo do Estado, mas todos estão esperando a abertura do mercado de álcool hidratado para efetivar os projetos. Receio que os aportes não se realizem e, caso isso aconteça, usinas poderão quebrar pela grande oferta e por não ter mercado para colocar o álcool", lamentou Martins.

Minas vem recebendo um boom de investimentos no setor sucroalcooleiro - US$ 3,715 bilhões nos últimos três anos. Contudo, o consumo caiu 15% em 2006 em comparação com 2005, enquanto subiu 35% em outros estados brasileiros, onde o ICMS não é tão elevado.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Wilson Brumer, disse ontem que o governo está avaliando a equiparação fiscal, mas há risco de queda da receita, o que não seria saudável para as contas públicas. "Temos que ter muitas cautela para isso não impactar em nosso ajuste fiscal."

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