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Mine choque agrícola determina aumento da inflação em SP

Na segunda quadrissemana de junho, o conjunto dos alimentos variou 0,40% e respondeu por dois terços do índice total


A elevação média de 0,60% nos preços ao consumidor para a cidade de São Paulo (IPC-SP) fez dessa capital a mais cara do País na segunda quadrissemana de junho. A afirmação é do pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti. O responsável por esta situação, segundo o economista, é o que ele tem chamado de "mini choque agrícola" e que tem determinado o aumento da inflação já há alguns meses por meio do Grupo Alimentação.

Sozinho, o conjunto formado pelos alimentos variou 0,40% no período e respondeu por dois terços do índice total. Entre os produtos que mais subiram na segunda quadrissemana de junho estão os alimentos in natura, com destaque para o preço do leite, que aumentou 12,90% e contribuiu 0,21 ponto porcentual para a inflação total.

Com contribuições de 0,02 ponto porcentual, respectivamente, a abobrinha subiu 19,8% e a goiaba, 12,42%. Em alguma medida, avalia Picchetti, a inflação do paulistano na segunda quadrissemana de junho é formada por demanda, mas essa não é a condição dominante. Até porque, explica o pesquisador, há produtos em processo de queda de preços como o álcool combustível, por exemplo, que encontra-se em pleno período de safra. O produto sofreu uma redução de 3,70% e comprova que, quando há oferta em abundância, os preços caem.

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