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Ministério de Ciência e Tecnologia investe em pesquisa com vinho

São cerca de R$ 3,5 milhões para apoiar esforços dos governos e iniciativa privada da Bahia e Pernambuco


O investimento em ciência e tecnologia no Brasil precisa estar integrado

à enorme diversidade de regiões que forma o país. Desta maneira, pode se

ajustar melhor às vocações de cada uma delas para se desenvolver. Com

essa orientação é que o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) aplica recursos no Pólo de Irrigação de Juazeiro/Petrolina, no Vale do São Francisco. São cerca de R$ 3,5 milhões para apoiar esforços dos governos e iniciativa privada da Bahia e Pernambuco na instalação de uma biofábrica que irá produzir insetos estéreis para controle de praga em pomares de manga e mais de R$ 1 milhão na construção de um laboratório de pesquisa

para vinho.

Segundo Sergio Rezende, presidente do FINEP, esses equipamentos vão contribuir para melhorar o desempenho da economia e as condições sociais

da região. Em visita às instalações da biofábrica, na área do Distrito Industrial de Juazeiro, e do laboratório, na sede da Embrapa Semi-Árido, ele disse que os impactos desses investimentos sobre o desenvolvimento regional devem ser logo percebidos. Ele também esteve conhecendo o Laboratório de Controle Biológico da Embrapa Semi-Árido.

Vinhos de qualidade:

As produções de vinho e de manga do Vale do São Francisco têm conseguido participação expressiva em segmentos importantes do negócio agrícola do país. A vinicultura do Vale já é a segunda maior do país com 15% do mercado nacional de vinhos finos (6 milhões de litros). É uma atividade em franco crescimento, que hoje movimenta cerca de 15 milhões de reais e deve chegar a 50 milhões nos próximos quatro anos. O Vale, apesar da pouca tradição no processamento de vinhos, apenas 20 anos, está em franco processo de afirmação da sua produção seja ante os especialistas, as áreas tradicionais de vinicultura em torno do mundo e, principalmente, entre os consumidores.

O Laboratório de Microvinificação, que fica localizado na Embrapa Semi- Árido, compõe a infra-estrutura do projeto Vinhos de Qualidade para o Submédio do Vale do São Francisco, que pretende apoiar o desenvolvimento de um polo vinícola no Vale. As pesquisas para vinho em áreas tropicais do mundo são muito poucas. O Brasil é quem mais investe em estudos a esse respeito. É preciso fazer avançar o conhecimento e as tecnologias de processamento de vinho nas condições do ambiente tropical. O clima e o solo tropical induzem qualidades específicas nos frutos que resultam na produção de vinhos com sabores originais.

Controle biológico:

A biofábrica, por sua vez, irá levar ao controle da praga das moscas das frutas a técnica do inseto estéril. O controle desta mosca é feita atualmente por meio de armadilhas em um programa de monitoramento que se estende por cerca de 11 mil hectares e 857 fazendas dos estados da Bahia e Pernambuco. Esse monitoramento torna-se obrigatório para os produtores que pretendem negociar a fruta no mercado norte-americano – que é responsável por 70% da manga brasileira comercializada no mercado externo.

Com a biofábrica o controle, em linhas gerais, será feito com a produção de machos estéreis que serão soltos nas áreas cultivadas com mangueiras.

Quando ela entrar em funcionamento, a previsão inicial de soltura é de 100 milhões desses insetos por semana. No campo, eles deverão estabelecer uma competição eficiente com os machos selvagens para copular com as fêmeas que, assim, deixam de se reproduzir. Desta forma, a população de insetos com potencial de danos decresce para níveis baixos de infestação. O uso desta técnica deverá provocar a redução do uso de produtos químicos nos pomares. As informações são da assessoria de imprensa do Ministério de Ciência e Tecnologia.

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