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Ministro abre Expoagro no MT prometendo liderança na produção de alimentos


"Em 12 anos o Brasil será o maior produtor mundial de alimentos". Esse foi o ponto alto do pronunciamento do ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, citando relatório da ONU, ontem, na abertura da Expoagro. "Dois anos antes desse prazo a agropecuária de Mato Grosso estará produzindo 45 milhões de toneladas", afiançou o governador Blairo Maggi, na mesma solenidade. E o presidente da Acrimat, Anildo Lima Barros, protestou pela minguada fatia do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) destinado ao estado.

Roberto Rodrigues, Blairo Maggi, o prefeito Roberto França e outras autoridades prestigiaram a solenidade de abertura da Expoagro. O ministro não anunciou nenhum programa do governo federal para Mato Grosso. Elogiou o crescimento do agronegócio nacional que permitiu ao país aumentar sua produção de grãos em 23 milhões de toneladas na safra desse ano em relação à anterior. Disse que esse setor responde por 27% do PIB e por 41% das exportações. "Mato Grosso tem coisas extraordinárias como a política de parceria de seu governador, e a juventude de Blairo Maggi lhe permitirá pavimentar uma estrada política nacional", disse o ministro.

Em outro trecho do discurso, Roberto Rodrigues foi aplaudido pelos produtores quando disse que "nos preocupa a crise da abundância, que não pode ser razão para queda de preços e desestímulo, e sim elemento maior de progresso".

Blairo Maggi disse que Mato Grosso produz 18 milhões de toneladas, e que em 10 anos deverá saltar para 45 milhões, "incluindo a produção de carne bovina, suína e aves". O governador justificou ao presidente da Acrimat, pelo estado não ter contribuído para a realização da Expoagro. Analisou que a iniciativa classista caminha bem no gerenciamento de eventos similares ao de Cuiabá, citando o exemplo da Exposul, de Rondonópolis, "que vai muito bem".

Anildo Barros associou a Expoagro ao desenvolvimento de Cuiabá e de Mato Grosso. Recordou que há 40 anos, quando a feira começou - época que ao estado ainda estava incorporado o atual território de Mato Grosso do Sul - o gado para abate deixava a região embarcado em navios e prosseguia de trem até São Paulo, ou era tocado por comissários de boiadas. "Falar em Expoagro é resgatar a memória mato-grossense", destacou Anildo Barros, acrescentando: "o boi pantaneiro evoluiu para raças apuradas. Nosso rebanho bovino, quando da divisão do estado, era de 1 milhão de cabeças. Hoje é de 22,5 milhões. A agricultura estava calcada no arroz. Agora, é desenvolvida com alta tecnologia e somos os maiores produtores de grãos do Brasil", comparou.

Se dirigindo em especial ao ministro, Anildo Barros disse que o agronegócio "é a âncora verde" da economia nacional. Reclamou das limitações do FCO e das dificuldades de obtenção de crédito nas linhas especiais do sistema financeiro. Pediu mais facilidade de acesso ao crédito rural e elogiou os produtores, que segundo ele, "se autofinanciam. Por isso somos vitrine da economia e marketing para Mato Grosso".

Após a solenidade de abertura, o governador e o presidente da Acrimat percorreram alguns pavilhões e estandes para apresentarem ao ministro Roberto Rodrigues, parte da Expoagro.

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