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Ministro da Agricultura descarta intervenção na Parmalat


O governo federal está adotando todas as medidas possíveis para impedir que a crise da Parmalat Brasil afete à cadeia produtiva do leite, seja interrompendo as atividades dos produtores ou provocando desemprego na indústria láctea, e os consumidores, com elevações de preços.

A garantia foi dada ontem (11-02) pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, ao participar de audiência pública na comissão especial criada pela Câmara dos Deputados para acompanhar a crise da empresa. Ele reiterou ainda que o governo não pretende intervir na Parmalat e apoiou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista do Congresso para investigar a situação do grupo no país.

Rodrigues participou da audiência pública junto com o ministro de Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto. Em sua exposição, o ministro da Agricultura alinhou as três preocupações que norteiam as ações do governo para evitar impactos econômicos negativos decorrentes da crise da Parmalat:

1) assegurar a continuidade da atividade dos produtores, fazendo com que tenham empresas ou cooperativas para fornecer leite;

2) impedir o desabastecimento do mercado e o conseqüente aumento de preço do produto;

3) manter os empregos dos trabalhadores da indústria láctea.

De acordo com Rodrigues, a destinação de R$ 300 milhões para as operações de Empréstimos do Governo Federal (EGF), por intermédio do Banco do Brasil, e o programa de financiamento para retenção de matrizes, evitando que sejam abatidas, fazem parte das ações desenvolvidas até agora pelo governo. Segundo ele, o BB já contratou R$ 113 milhões em EGF e o restante deverá ser liberado nos próximos dias. O ministro descartou, entretanto, uma intervenção governamental na empresa: “O governo não considera adequado intervir na Parmalat, até mesmo por desconhecer a sua real situação”.

O ministro considerou positiva a proposta de instalação de uma CPI Mista no Congresso para investigar a crise da empresa. “Pode ser algo interessante para que possamos aprofundar os conhecimentos sobre a situação da Parmalat”, disse o ministro, referindo-se a intenção da comissão que acompanha o caso Parmalat em propor a criação da CPI. Rodrigues também voltou a defender o arrendamento com opção de compra das unidades da Parmalat no Brasil. A matriz italiana do grupo faliu no final do ano passado, com um rombo de cerca de 14 bilhões de euros.

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