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Missão chinesa vem ao Brasil negociar carnes


O governo tenta ampliar as exportações de carnes. Estão programadas para os próximos dias a recepção e o envio de missões técnicas à China, Arábia Saudita e Rússia para apresentar os programas de sanidade animal do País.

De 25 a 28 de fevereiro, técnicos do Ministério da Agricultura da China estarão no Brasil. Eles querem conhecer os procedimentos de defesa sanitária e também ter mais informações sobre a lima ácida taity.

A missão deve visitar a Embrapa Cerrados e ir à sede do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), em Araraquara (SP). Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Maçao Tadano, os chineses querem importar a lima brasileira. Ele disse ainda que pretende aproveitar a visita e conversar sobre a exportação de carnes para aquele país.

Ênio Marques, secretário-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), acredita que a China possa responder por US$ 200 milhões em vendas de produtos não-convencionais, como miúdos. No segundo semestre de 2002, os governos chinês e brasileiro firmaram acordo sanitário para a venda de carnes.

No entanto, segundo Cláudio Martins, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Exportadores de Frango (Abef), os contratos não foram fechados porque há dificuldade de obter licença para a exportação. Durante a visita chinesa, o governo brasileiro entregará relatório com mais informações a respeito da sanidade animal. "É um mercado potencial enorme, de cerca de US$ 50 milhões a 100 milhões."

Nos próximos dias, o governo deve finalizar o envio de missão à Arábia Saudita, solicitada pela Abef devido aos problemas relativos ao nitrofurano. Martins disse que há duas semanas o Brasil realiza exames de nitrofurano e que, por isso, a Arábia Saudita não precisaria mais solicitar que o trabalho fosse feito pelos laboratórios da União Européia.

O envio das amostras à UE atrasa as exportações em até 45 dias. Por mês, o País vende 25 mil toneladas de frango à Arábia Saudita e hoje, o Brasil responde por quase 70% das importações de carnes bovinas daquele país.

Outra questão sanitária a ser resolvida nos próximos dias é a das exportações de suínos à Rússia. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras e Produtoras de Suínos (Abipecs) solicitou ao governo brasileiro que seja marcada reunião da Comissão de Integração Brasil-Rússia, composta pelos vice-presidentes dos dois países. Segundo Martins, só com empenho diplomático é que a questão será resolvida.

Desde dezembro as carnes suínas de Santa Catarina estão embargadas. Segundo Tadano, os russos querem o envio de novas informações sobre aftosa e a doença de Aujesky. O Brasil já havia agendado duas datas que foram negadas pela Rússia.

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