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Moinho Dias Branco cria estratégia para crescer

O moinho vê no mercado nacional de massas e biscoitos uma oportunidade para a expansão das suas atividades


O moinho de trigo Manuel Dias Branco vê no mercado nacional de massas e biscoitos uma grande oportunidade para a expansão das suas atividades. A análise mostra que o mercado passa por um processo de consolidação no qual só permanecerão os grandes players. O aumento da renda da população e uma economia que privilegia a escala farão o brasileiro comprar cada vez mais massas e biscoitos no lugar de arroz, por exemplo.

Hoje, 48,9% do mercado de massas está pulverizado, assim como 58,8% do de biscoitos. O moinho M. Dias Branco, original do Ceará e líder nacional em massa e biscoitos, se preparou para atuar nesse mercado com investimentos de R$ 500 milhões. O objetivo é expandir as atividade e tornar seu nome conhecido no Sudeste. Planeja também adquirir concorrentes nos estados em que possui participação abaixo de sua média no País. Decidiu ainda construir um segundo moinho, provavelmente no Sul do País para substituir importações de farinha.

O M. Dias Branco comprou recentemente a Adria, que trouxe uma marca forte no Sudeste e também fábricas em São Paulo e no Rio Grande do Sul. Além disso, construiu duas unidades em Aratu (BA) e em Tambaú (PB). "A compra da Adria foi uma preparação não apenas para sermos conhecidos no Sudeste, mas para adquirirmos conhecimento para a aquisição de novas empresas", diz o vice-presidente de Investimentos e Controladoria, Geraldo Luciano Mattos. O moinho acaba de ingressar no Novo Mercado da Bovespa. As informações foram apresentadas na reunião na Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec).

Segundo Mattos, as novas operações também foram estratégicas. "Não crescemos para fazer mais do mesmo. Com eles entramos em mercados que estão crescendo e de produtos com maior valor agregado, como o macarrão instantâneo e as barras de cereais".

O moinho possui dois trunfos para enfrentar no futuro a concorrência. Sua produção é verticalizada. Controla e padroniza a farinha de acordo com sua necessidade de produção. Outro diferencial, é a base de clientes maior fora das grandes redes de supermercado.

A empresa espera fechar o ano com receita líquida 10% maior (em 2005 faturou R$ 1,2 bilhão). A relação dívida líquida e Ebitda (capacidade de geração de caixa) foi de 0,62 até setembro, a empresa não pretende recorrer ao mercado de capitais para financiar suas novas aquisições. "Temos caixa forte e nenhum banco terá custos menores do que as linha do BNDES", diz.

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