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Moinhos de trigo querem Cofins em 3%


Os moinhos estão preocupados com o impacto que o aumento da alíquota da Cofins vai provocar nos preços da farinha de trigo e de produtos de grande consumo popular, como pão, macarrão e biscoitos. O governo já avisou que não pretende reduzir a alíquota de 7,6% da nova Cofins, definida para compensar o fim da cumulatividade, mas acena com a possibilidade de abrir exceção para alguns setores. Os moinhos querem manter a alíquota de 3%.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Roland Guth, argumenta que não há como evitar os aumentos de preços decorrentes da contribuição mais alta, já que a maior parte do trigo processado pelos moinhos é importada. No caso dos moinhos do Norte e Nordeste, que só processam trigo importado, não haveria possibilidade de compensar crédito algum. "O aumento da carga tributária seria de 146%, que significaria um aumento de até três reais no preço da saca de 50 quilos de farinha de trigo", explica.

Já os moinhos do Centro-Sul, que também compram trigo nacional, poderiam compensar parte do aumento da Cofins. Mesmo assim, o aumento da carga tributária chegaria a 42%, elevando em até R$ 2,00 o preço da farinha, diz Guth. Segundo ele, esses aumentos teriam reflexo nos índices de inflação, sensíveis à variação dos preços da farinha e do pão.

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