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Apagões: como reduzir espera por restabelecimento de energia

Dispositivo registra impactos sofridos por componentes elétricos durante o transporte


Foto: Pixabay

A primavera mais quente já registrada no Brasil tem elevado o risco de quedas de energia, seja pelas fortes chuvas e ventos ou pelo excesso de consumo elétrico. No Rio de Janeiro, a sensação térmica chegou a 60 graus por três dias seguidos neste mês. Na busca por compensar o calor, o país registrou, pela primeira vez, um consumo de energia superior a 100.000 MW em um dia (13/11).

Segundo serviços de meteorologia, o verão deve ser ainda mais quente, aumentando também o risco de interrupções de energia e de perdas para consumidores e empresas. No último grande apagão em São Paulo, no início deste mês, somente o setor de turismo e alimentação sofreu prejuízos de R$ 500 milhões, de acordo com a Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo. 

Em situações como essas, para recompor a energia em regiões com um grande número de consumidores afetados, as distribuidoras de energia recorrem a subestações móveis. São grandes carretas equipadas com transformadores elétricos para atender a necessidades emergenciais ou de manutenção da rede elétrica.

No entanto, para atender a população com agilidade, esses equipamentos precisam enfrentar um desafio: o transporte entre uma região e outra sem danificar componentes sensíveis - caso contrário, o tempo para o restabelecimento da energia será ainda maior.

Para garantir que as subestações móveis cheguem aos seus destinos funcionando plenamente, algumas distribuidoras têm feito um monitoramento em tempo real das condições de transporte desses equipamentos. Elas têm recorrido a um dispositivo denominado Shocklog, que registra qualquer impacto ou trepidação sofrida pelo equipamento durante o trajeto e que possa causar algum dano aos componentes elétricos.

Caso ocorra um impacto acima do limite tolerado pelo fabricante, a distribuidora recebe um alerta ainda durante o deslocamento da subestação móvel e já pode se preparar para o conserto ou troca do componente, com mais agilidade.

“O registrador de impactos emite relatórios via satélite, durante o transporte da subestação. Portanto, se houver qualquer anomalia no trajeto, ações corretivas já podem ser planejadas com antecedência e executadas assim que o equipamento chegar ao seu destino. Isso evita a perda de mais tempo na religação de energia, em caso de apagões – o que reduz também as perdas financeiras para todos”, explica Afonso Moreira, CEO da AHM Solution, empresa especializada em gestão de segurança e produtividade em operações logísticas.

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