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Monsanto mostra projeto de redução no uso de herbicidas

O projeto também mostra o aumento da produtividade da soja plantada em área de pastagem


Aumento da produtividade da soja plantada em área de pastagem, por conta de rotação de culturas - 58 scs/ha contra 51 scs/ha em área de soja normal -, menor uso de herbicidas na soja após pastagem, também comparada com a soja tradicional; limpeza da área de soja após a colheita, em relação aos talhões ao redor, contrastando com a situação inicial no projeto, onde a soja chegava à colheita com altíssima infestação de mato; e redução da erosão na área sob plantio direto, mesmo quando comparada com área de cerrado nativo.

Estes são alguns dos resultados alcançados em programa patrocinado pela Fundação Monsanto para a preservação da biodiversidade do Cerrado e que foi apresentado, em 12 de abril, em uma das fazendas envolvidas, a Sucuriú, em Chapadão do Céu (GO), encerrando a primeira fase do Projeto de Agricultura Sustentável coordenado pela Organização Não-Governamental The Nature Conservancy (TNC) em parceria com a Agência Rural de Goiás, a Fundação Emas, a Associação Plantio Direto do Cerrado (APDC) e produtores rurais onde experimentos foram conduzidos, fazenda Retiro do Araguaia e fazenda Sucuriú.

O programa, que recebeu US$ 600 mil da Fundação Monsanto, tem por objetivo principal levar informações a agricultores da região e incentivá-los a adotar práticas de agricultura sustentável, como o plantio direto, a rotação de culturas, o manejo integrado de pragas e o uso racional de agroquímicos, além de reduzir os impactos das atividades agropecuárias no entorno do Parque Nacional das Emas, em Mineiros (GO), uma das mais importantes áreas protegidas de Cerrado.

As informações obtidas na região serão utilizadas futuramente em outras localidades, consolidando as tecnologias desenvolvidas pela Monsanto para a recuperação de áreas agrícolas e pastagens degradadas como a melhor opção para aliar uma atividade agrícola rentável à preservação do ambiente.

O estudo, realizado durante quatro anos em áreas de soja localizadas ao lado do Parque Nacional das Emas, constatou um aumento de mais de 20% na lucratividade de propriedades que adotaram um pacote de medidas ambientais, quando comparadas com sistemas tradicionais de produção. A redução na aplicação de agrotóxicos foi um dos fatores que mais contribuiu para a redução de custos operacionais.

Durante o Dia de Campo foram demonstradas as vantagens do sistema de integração da lavoura com a pecuária de corte, apresentando o desempenho agrícola e econômico do sistema. Um dos estudos demonstra que ao longo de três anos houve uma redução de 1.500 litros/safra para 400 litros/safra na aplicação de defensivos agrícolas, oportunizando a diminuição dos custos e dos impactos ambientais, sem comprometer a produtividade. O pacote de medidas adotadas ainda incluiu práticas de terraceamento em áreas de declive, o plantio direto, a proteção das matas ciliares e o manejo integrado de pragas.

Os experimentos foram realizados em duas propriedades rurais, uma com tradição pecuária e outra produtora de grãos. O aumento da receita do produtor permitiu custear algumas medidas para proteger o rio que abastece a propriedade. Cerca de 110 hectares ao longo do rio foram cercados e um reservatório foi construído para evitar o pisoteio do gado nas margens e diminuir os problemas de erosão e assoreamento. A medida também colaborou para a viabilização da regeneração de reserva legal exigida por lei, que corresponde a 20% da propriedade.

Além de reduzir os impactos das atividades agropecuárias no entorno do Parque Nacional das Emas, o objetivo do projeto foi também o de manter ou aumentar a rentabilidade do produtor rural. A primeira fase demonstrou os benefícios ambientais e econômicos das práticas adotadas nas fazendas. A segunda tem o objetivo de disseminar os resultados das boas práticas agrícolas na região do experimento, especialmente, na área das nascentes do rio Araguaia, bastante degradada pelas atividades agrícolas. Na próxima etapa os dados obtidos serão disseminados para outras áreas de Cerrado.

"Quando iniciamos este projeto, há cinco anos, a idéia de trocar a soja por pastagem era encarada pelos produtores como loucura, apesar dos ganhos ambientais e de custo que se sabia que viriam a acontecer, pois a soja naquela época valia muito. A situação hoje é diferente: com soja a R$ 27,00 por saco, a pecuária, para complementar a exploração, está sendo atrativa.

Outro aspecto, consequência do alto valor da soja, foi o desmatamento desenfreado, para incorporar novas áreas à produção da leguminosa. A integração se mostra extremamente oportuna, pois orienta como fazer a incorporação de pastos degradados ao processo de produção de soja, permitindo a ampliação das áreas de plantio sem a nova derrubada de matas ou de cerrado", afirma o engenheiro agrônomo Márcio Scaléa, responsável, da Monsanto, pela implantação do projeto. As informações são da assessoria de imprensa da Monsanto.

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