Montanha-russa do milho: cotações em Chicago registram altos e baixos
No Brasil, os preços do milho continuaram sua trajetória de alta
Foto: Nadia Borges
As cotações do milho em Chicago registraram movimentos significativos ao longo da última semana, atingindo US$ 4,49/bushel em 29 de novembro, a menor cotação desde 23 de dezembro de 2020. Contudo, houve uma recuperação, fechando em US$ 4,61/bushel em 30 de novembro, em comparação com os US$ 4,68 em 22 de novembro. Nos Estados Unidos, a colheita do milho alcançou impressionantes 96% da área até 26 de novembro, superando a média histórica de 95%. Entretanto, os embarques do cereal na semana encerrada em 23 de novembro totalizaram 406.680 toneladas, abaixo das expectativas, embora o acumulado no atual ano comercial tenha atingido 7,3 milhões de toneladas, representando um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano anterior.
De acordo com a análise da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), no Brasil, os preços do milho continuaram sua trajetória de alta, com a média gaúcha fechando a semana em R$ 56,63/saco e as principais praças locais atingindo R$ 57,00. Nos portos brasileiros, os preços ultrapassaram os R$ 60,00/saco, impulsionados por prêmios positivos devido à demanda externa firme.
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Segundo dados da Conab, o plantio da safra de verão 2023/24 atingiu 55% da área prevista até a semana anterior, marcando um ritmo mais lento em comparação com o ano anterior. Destacam-se os estados mais avançados: Paraná (98%), Santa Catarina (96%), e Rio Grande do Sul (80%).
No entanto, as atenções se voltam para a safrinha de 2024, com preocupações sobre atrasos no plantio devido a problemas climáticos e preços ainda baixos. O mercado antecipa uma redução de 5% na área semeada, prevendo uma safrinha de milho ao redor de 90 milhões de toneladas em 2024, com uma potencial perda de 15 milhões de toneladas.
A exportação de milho brasileiro em novembro atingiu 7,35 milhões de toneladas, conforme a Anec, destacando a importância do Brasil como um player significativo no mercado global de milho.
Em um panorama desafiador, a oscilação das cotações, a colheita nos EUA e os desafios para o plantio no Brasil moldam as perspectivas do mercado de milho para os próximos meses.
