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Mosca-dos-chifres preocupa nesta época

Tempo quente e muito úmido é a combinação perfeita para a proliferação


O período de chuva começou e o pecuarista já começa a se preocupar com a mosca-dos-chifres. Tempo quente e muito úmido. Essa é a combinação perfeita para a proliferação. Em Mato Grosso a infestação aumenta no período entre outubro e março. O estresse provocado por uma infestação desta praga pode causar redução de 12% no ganho de peso por animal, diminuição significativa na produção de leite, queda da taxa de prenhez em até 15% e redução da qualidade do couro.

O pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/Pantanal), Antônio Thadeu Medeiros de Barros explica que há duas formas de proteger o rebanho contra a mosca-dos-chifres: o controle tático e o estratégico. No primeiro não há planejamento prévio e o animal é tratado quando a infestação ocorre em nível considerado inaceitável pelo produtor. Já o controle estratégico é feito com planejamento, respeitando a dinâmica populacional da mosca. "Normalmente se segue um calendário que se baseia nas épocas em que as moscas tendem a ser mais abundantes nos animais. É preciso estar atento para identificar o aumento".

Embora existam vários produtos para controlar o controle, o pesquisador alerta que é preciso muito cuidado na escolha, pois a resistência aos inseticidas piretróides já foi detectada em mais de 90% das propriedades testadas em todas as regiões brasileiras. Outro ponto importante é que cerca de 70% dos produtos utilizados para tentar controlar a mosca-dos-chifres contêm piretróides.

A fase crítica, quando então são observadas as maiores infestações ocorre próximo ao início e término do período das chuvas. Essa observação tem levado pecuaristas e técnicos a intensificar o manejo de prevenção sobre o controle das populações durante os meses que antecedem a entrada da primavera e verão. O tratamento é recomendado quando a quantidade de moscas presente causa grande irritação aos animais. "Isso pode ser facilmente reconhecido e identificado, porque os animais ficam irrequietos".

A ausência de um plano de ação para o controle integrado de pragas, usando o medicamento em momentos menos adequados para o tratamento, é visto como gargalo ao controle efetivo da mosca dos chifres. O tratamento mais adequado deve ser o integrado entre o uso de inseticidas de maneira racional, evitando hiperexposição do parasita à droga e também não permitindo resíduos na carne e no leite. Indica-se o uso de inseticidas em animais infestados no início e no final da estação chuvosa.

Formas de combate

- O brinco mosquicida TopTag pode ser uma opção eficaz. Produzido pela Pfizer, protege o rebanho contra a mosca-dos-chifres por 120 a 150 dias. Este produto tem como princípio ativo o diazinon, um inseticida da classe dos organofosforados. Avaliações sobre a eficácia do produto mostram que os animais tratados com TopTag ganharam em média 15 kg de peso vivo a mais do que o grupo não tratado.

- O besouro Digitonthophagus gazella, mais conhecido como rola-bosta, também tem sido uma opção para controlar a temida praga da mosca-do-chife. Além impedir a proliferação, o besouro pode trazer outros benefícios como o aumento da fertilidade do solo, aeração e, consequentemente, capacidade de suporte das pastagens e ainda provoca a destruição de larvas de vermes gastrintestinais e a eliminação dos ovos da mosca que se desenvolvem nas fezes frescas dos animais.

- O endectocida Ivomec Pour-On© da Merial Saúde Animal é outra opção de combate. O produto à base de ivermectina com tecnologia avançada e voltado para o controle dos principais parasitos internos e externos. O produto proporciona bem-estar aos animais e dispensa o uso de agulhas que podem causar lesões e contusões nos animais, além de manter a qualidade do couro. O principio ativo de Ivomec Pour-On© não gera reações adversas no local, mantendo a qualidade da carcaça e proporcionando segurança para o aplicador.

- O Topline© Pour-On© também pode ser uma opção. À base de fipronil, mata os parasitos sensíveis por contato, tende a ser 100%, eficaz durante a primeira semana da aplicação, com controle por aproximadamente 35 dias.

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