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MS: Curtume volta a operar em fevereiro depois de mais de 2 anos parado

Direção da empresa afirma precisar de R$ 10 milhões por mês para operar


Após dois anos e meio sem produção, o Curtume de Três Lagoas, localizado às margens da BR-158, poderá voltar a operar e a gerar emprego a partir de fevereiro do ano que vem. A informação é do diretor da empresa, Claudemir Rocha Meidas.

Conforme Meidas, a empresa não desistiu de voltar a produzir, porém, espera o momento certo para entrar ao mercado novamente, visto que a instabilidade econômica dos dias de hoje não permitem que a retomada seja imediata.

Para voltar a funcionar, o Curtume precisa de um montante de R$ 10 milhões por mês, para garantir a compra do couro verde, que vem diretamente de frigoríficos, principalmente do Norte e Nordeste do país, além dos produtos químicos e o pagamento da mão de obra.

“Para operarmos, dependemos de um alto valor diário, pois o couro e os produtos químicos são caríssimos, e para conseguir esse valor dependeremos de empréstimos. Estamos aguardando o mercado estabilizar para investirmos”, salientou Meidas.

O objetivo do diretor da empresa é iniciar a compra de matéria prima a partir de fevereiro, além da contratação de mão de obra. “Isso só não acontecerá se a resseção continuar forte como nos dias de hoje, mas, de qualquer forma, estamos esperançosos de voltarmos para o mercado a partir de fevereiro”, destacou Meidas.

O curtume encerrou a sua produção em agosto de 2014, após ser multado em mais de R$ 3 milhões pelo Imasul por conta de irregularidades identificadas durante vistorias feitas pela PMA (Polícia Militar Ambiental).

Inicialmente, a empresa que processa couro, foi multada em R$ 1 milhão, porém, como ela já havia sido notificada outras vezes, até mesmo pelo TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), e não cumpriu determinações, a multa final foi de R$ 3 milhões, que resultou ainda na paralisação da produção.

De acordo com Meidas, a empresa empegava 120 funcionários, porém, a maioria foi demitida. Hoje, 13 trabalhadores são mantidos pelo Curtume para realizarem manutenção nas máquinas, já que elas devem voltar a operar e mantê-las sem os cuidados necessários poderia resultar no descarte dos maquinários. “Nós somos pagos pelo Curtume do grupo, localizado em Presidente Prudente, pois não temos receita na empresa de Três Lagoas”, completou.

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