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MS recebe Fórum Nacional da Pecuária no dia 11


O embate entre frigorífico e produtores deve receber novos contornos no dia 11 de março, quando o Fórum Nacional da Pecuária de Corte, presidido por Antenor Nogueira, da CNA (Confederação Nacional de Agricultura), estará em Campo Grande discutindo a perda de renda do pecuarista. O evento será às 9 horas e falta definir se será realizado no Centro de Convenções Rubens Gil de Camillo ou na Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul).

O presidente da Famasul (Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul), Leôncio de Souza Brito, propôs que a reunião ocorresse em Campo Grande, durante evento realizado na última sexta-feira pelo Fórum em Goiânia (GO). Devido à importância do Estado na produção de carne, com maior planta industrial do País, o convite foi aceito.

Brito explica que a reunião do dia 11 servirá para ouvir o segmento produtivo e também envolver a classe política na questão. Da reunião de Goiânia (GO), saíram três encaminhamentos: a oferta reduzida de animais para abate, enquanto os preços ruins perdurarem; a instalação de uma central de comercialização de gado, envolvendo criadores e associações representativas da classe e também a articulação para criação de uma unidade frigorífica em forma de cooperativa.

O abate de animais somente para saldar compromissos já vem ocorrendo, segundo explica Brito. Desde janeiro de 2003 o valor pago pela arroba reagiu em apenas 2,2%, de R$ 58,00 a R$ 59,00 quando no atacado o preço do boi casado (traseiro e dianteiro) aumentou em 16% e em 14,7% ao consumidor. Isso ao passo que os produtores, conforme estudo da CNA, arcaram no ano passado com aumento de custos de 12% no Estado. Essa redução de oferta já refletiu nos abates de janeiro, 7% menores que no mesmo período do ano passado em Mato Grosso do Sul, conforme dados da DFA (Delegacia Federal de Agricultura).

Sobre a instalação da central, explica Brito, servirá para regular o mercado e a oferta, evitando grandes baixas de preço. Concentrando a oferta, o produtor também tem mais barganha para negociar valores. Quanto à instalação de frigorífico, Brito acredita que seria um passo a médio ou longo prazo, caso não haja acordo em relação à remuneração justa pelos frigoríficos, e adianta que seria necessário regime tributário especial para que a unidade não acabasse “engolida” pelos grandes.

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