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MST desocupa pátio do Incra em Porto Alegre

Grupo exigia recomposição de orçamento para política de reforma agrária


O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) desocupou, na noite desta quarta-feira, o pátio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro de Porto Alegre. Mais cedo, representantes do grupo se reuniram com representantes dos governos federal e estadual.

Mais de 1,5 mil camponeses assentados e acampados de todas as regiões do estado permaneciam no local desde o início da manhã O MST exigia a recomposição do Orçamento de 2018 para garantir a continuidade de programas da política de reforma agrária, como assistência técnica, desapropriação de áreas para criar assentamentos, habitação e educação no campo.

Conforme o MST, a Casa Civil prometeu agendar audiência com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edegar Pretto (PT) e representantes do Banrisul para debater iniciativas que amenizem os efeitos da importação do leite em pó sobre os produtores ligados ao Movimento. Outras reuniões também serão marcadas com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc).

O dirigente nacional do MST no RS, Ildo Pereira, explicou que o Movimento vai acompanhar os encaminhamentos da audiência. Não estão descartadas novas mobilizações para pressionar o governo do Estado, caso os problemas não se resolvam. “Essas pautas já são de conhecimento do governador. Agora queremos agilidade na solução dos problemas”, disse.

A justiça havia dado prazo para o movimento deixar o local invadido até o início da manhã. Na decisão, foram previstas multas de R$ 5 mil a cada hora de atraso na desocupação. As ocupações do MST fazem parte da agenda da Jornada Nacional das Lutas de Outubro. A mobilização, que também ocorre no Distrito Federal e outros nove estados, é contra a proposta de orçamento para a reforma agrária em 2018 e o projeto de reforma da Previdência. Segundo o MST, em relação a 2017, os recursos para a obtenção de terras tiveram corte de 86,7%, passando de R$ 257 milhões para R$ 34,2 milhões no próximo ano. Os valores para assistência técnica aos assentados caem de R$ 85 milhões para R$ 12,6 milhões, o que representa 85,2%. 

Rádio Guaíba

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