CI

MT avança na produção agropecuária

Pela primeira vez, o Estado passou SP no levantamento do VBP para as principais lavouras brasileiras


Mato Grosso completa 263 anos e os produtores rurais do estado comemoram o crescimento e consolidação do setor agropecuário. Pela primeira vez, o Estado passou São Paulo no levantamento do Valor Bruto da Produção (VBP) para as principais lavouras brasileiras, divulgado este pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Enquanto Mato Grosso apresenta crescimento de 56,1% e tem elevação do VBP de R$ 21,2 bilhões para R$ 33,2 bilhões, na comparação entre a safra 2010/2011 e o ciclo anterior, São Paulo tem queda de 9,3%, passando de R$ 32,7 bilhões para R$ 29,7 bilhões.


Uma das principais explicações está nas culturas mais plantadas em cada Estado. O VBP nacional da cana-de-açúcar, que tem São Paulo como seu maior produtor, caiu 12,5%. Além disso, algodão, milho e soja, produtos de destaque em Mato Grosso, tiveram incremento no VBP de 50,1%, 17,4% e 10,5%, respectivamente. O Centro-Oeste se mantém em destaque entre as regiões, devendo crescer 38,8% e saltando de R$ 37,5 bilhões na safra passada para R$ 52 bilhões nesta temporada. Se aproxima, assim, da Região Sudeste, que ainda segue líder, mas apresenta queda de 2,2%, passando de R$ 54,2 bilhões no ciclo anterior para R$ 53 bilhões no atual.

O produtor rural de Rondonópolis (212 km de ao Sul de Cuiabá) Rogério Salles, que além de fazer parte da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), também é ex-governador do Estado, diz que estes dados recentes são motivo de orgulho para a classe agropecuária. Contudo, segundo ele, há alguns pontos que ainda têm que ser melhorados. "Os números mostram que realmente somos o Estado que mais produz neste país. Por outro lado, ainda temos que evoluir na criação de políticas públicas para que sejam criadas indústrias e ao invés de exportarmos matéria prima e commodities, exportemos produtos industrializados. Isso traria mais emprego e renda para nosso Estado".


Salles, que veio do Paraná na década de 70, depois de se formar em economia e se especializar em economia Rural, diz ter participado da evolução agrícola do Estado. Ele avalia que nos últimos anos, as restrições internacionais com relação à utilização de áreas de florestas para produção agrícola, mesmo legalmente permitido, tem alterado o cenário de crescimento da produção. Segundo ele, este novo quadro leva a novos investimentos e aumento da tecnologia na produção, tanto na agricultura como na pecuária. Dessa forma, a tendência é a diminuição de área, redução de custos, mas com aumento de produtividade.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.