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MT é vice-líder em desmatamento

Mato Grosso é responsável por quase 20% do desmatamento na Amazônia Legal


Mato Grosso é responsável por quase 20% do desmatamento na Amazônia Legal. Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (PRODES), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgados na terça-feira.

Eles apontam que no período de agosto de 2015 a julho de 2016 foram 7.989 quilômetros quadrados (km2) de remoção total da cobertura da floresta por corte raso no país. Somente Mato Grosso foi responsável por 1.508 quilômetros quadrados de desmatamento.

Mesmo diminuindo em 6% a taxa de desmatamento comparando os índices de 2015 e 2016 – 1.601 quilômetros quadrados e 1.508 quilômetros quadrados, desmatados respectivamente -, Mato Grosso é o vice-líder em desmatamento. O Estado fica apenas atrás do Pará, com 3.025 quilômetros quadrados desmatados.

No entanto, o entre os Estados da Amazônia Legal comparando os períodos de 2015 e 2016, somente Mato Grosso e Amapá conseguiram reduzir o desmatamento. Nos outros Estados houve aumentos que variam entre 25% e 54% de aumento. O Estado do Amazonas é o que apresentou mais aumento no desmatamento, 54%. No Brasil a taxa de desmatamento estimada pelo PRODES 2016 indica um aumento de 29% em relação a 2015, ano em que foram medidos 6.207 km2.

Na semana passada a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso também apresentou os dados de desmatamento no Estado. O levantamento mostrou que em um ano 1.290 quilômetros quadrados de floresta foram desmatados em Mato Grosso. Desse total, apenas 5% foram autorizados pela Sema.

Os números mostraram ainda que a extensão derrubada entre agosto de 2015 e julho de 2016, é maior que a registrada em 2012, quando o Estado alcançou uma redução de 32%, ou, 75.700 Km2. Mas, é menor que o registrado no mesmo período do ano passado, quando a devastação atingiu 1.601 Km2, o que representa uma queda de 19%.

A Sema apontou ainda que neste ano fiscalizou 193, 9 mil hectares por desmatamento ilegal. Os números mostram um aumento de 214% em relação ao mesmo período do ano anterior, que totalizou 61, 6 mil hectares. O valor das multas aplicadas totaliza R$ 314 milhões.

Dos 141 municípios mato-grossenses, dez deles concentram a maior quantidade de hectares autuados. Os dados apontam que Nova Maringá (9.428) e Marcelândia (9.293), na região médio norte e norte, estão no topo da lista seguidos por Feliz Natal (7.311), Colniza (6.629), Sapezal (6.276), Paranatinga (4.300), Matupá (3.039), Aripuanã (1.894), Itaúba (1.844) e Comodoro (1.824).

COMBATE – O Estado tem a meta audaciosa de zerar o desmatamento ilegal até 2020 ou em apenas quatro anos. Para atingir o objetivo, a Sema anunciou um plano de ações com o intuito de intensificar o monitoramento, a fiscalização e a responsabilidade aos crimes ambientais para o ano de 2017.

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