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MT impediu queda maior

Estado foi responsável por até 65% expansão de área


Estado continua sendo a maior fronteira agrícola do Brasil e nesta temporada foi responsável por até 65% expansão de área


Mato Grosso foi o estado que mais contribuiu, nesta safra, para os números nacionais. Graças à incorporação de área de pastagem com baixa produção, o Estado incrementou o plantio de soja e milho, grãos que fizeram a diferença no saldo desta safra e que impediram que o país reduzisse ainda mais o volume produzido. Conforme números apresentados nessa terça-feira (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu sétimo levantamento, Mato Grosso respondeu por 65% da expansão espacial da soja e 60% do milho.


Mesmo com a injeção dos grãos mato-grossenses, a produção brasileira estimada é negativa, 159,20 milhões de toneladas, 2,2% inferior à obtida na safra 2010/11, quando atingiu 162,84 milhões de toneladas. Este resultado se deve às condições climáticas não-favoráveis, principalmente no Sul do país.

“O reaproveitamento de hectares com baixa produtividade na pecuária e bons valores indicados pelo mercado permitiram que a área plantada aumentasse, ação esta que amenizou as perdas registradas no Sul do Brasil, por exemplo”, explica o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado (Aprosoja), Carlos Fávaro.

Com mais uma superprodução estadual e com a retração no País, Mato Grosso amplia a participação, passando de 19% na safra anterior – quando o país produziu 162,83 milhões toneladas e Mato Grosso, 30,94 milhões – para 22,5%, ao ofertar 35,88 milhões das mais de 159,20 milhões previstas no Brasil.

Como mostram dos dados da Conab, o Brasil ampliou em 817 de hectares a área destinada à sojicultura, na comparação entre as safras 2010/11 e 2011/12. Desse território, 513 mil hectares foram incrementados somente em Mato Grosso, ou 65% da expansão nacional se deu no Estado.


Com milho, a importância estadual se mantém no mesmo nível. De uma expansão nacional de 1.182 milhão de hectares, 712 mil, ou 60%, estão em Mato Grosso.

“Existem milhões de hectares no Estado que podem ser incorporados à agricultura. Não falo de novas áreas, de área abertas, falo de áreas que estejam com baixa produtividade, como na bovinocultura, e que podem abrigar sementes de milho e soja. Com mercado favorável e com logística de armazenagem e transporte, Mato Grosso pode ser o maior produtor de milho do país”, destaca Fávaro. Ainda como frisa o ruralista, se na atual safra o milho saiu de 1,75 milhão de hectares para 2,50 milhões – conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) –, crescimento anual de 43%, “podemos chegar facilmente a 5 milhões de hectares. Mato Grosso continua sendo o principal protagonista do agronegócio nacional”. Como comenta, para que se cubra os 5 milhões de hectares os produtores terão de se munir de máquinas mais eficientes porque terão de plantar e colher a soja cada vez mais rápido para dar espaço ao milho dentro da janela ideal, até o final de fevereiro. “E por isso, o milho, que tem valor agregado inferior ao da soja, precisa remunerar o produtor”.

ABSOLUTO - O avanço local assegurou definitivamente nesta safra, 2011/12, a liderança mato-grossense na produção nacional de grãos e fibras, posição perdida no ano passado para o Paraná. O Estado deverá encerrar o ciclo com 35,88 milhões de toneladas, 16% acima das 30,94 milhões contabilizadas no ano passado. O volume é ainda uma estimativa porque seguem em pleno desenvolvimento as lavouras de algodão e milho segunda safra e pode ser revisado para cima, visto que o clima tem favorecido as plantas e há previsões de chuvas para até 20 abril. Com ou sem nova revisão, as safras recordes de área plantada e produção no Estado estão consolidadas na atual temporada.

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