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MT mantém liderança na criação de bovinos

Segundo IBGE, Estado tem 26,65 milhões de cabeças, alta de 2,8% sobre 2004


Mato Grosso, apesar da crise da atividade pecuária e do crescimento de cerca de 15% no volume de abate de fêmeas em 2006, mantém a liderança do rebanho bovino brasileiro. Segundo dados divulgados nessa segunda-feira (11-12) pelo IBGE, o rebanho bovino mato-grossense contabilizou 26,65 milhões de cabeças em 2005, volume 2,8% acima das 25,9 milhões de cabeças registradas pelo órgão no censo agropecuário de 2004.

Com a atualização dos números, Mato Grosso se distancia do seu principal "concorrente", o vizinho Mato Grosso do Sul, que apresentou em 2005 uma retração no plantel de 0,9%. Diante disso, a diferença entre o volume bovino mato-grossense, que era de mais de 1,2 milhão de cabeças, passou para mais de 2,147 milhões. O rebanho bovino vizinho contabiliza 24,504 milhões de animais.

Outro destaque é com esse percentual de expansão, o crescimento bovino ficou acima do que foi registrado em nível nacional (1,3%), quando o plantel passou de 204,51 milhões (2004) para atuais 207,15 milhões. Percentual é o menor desde 2000.

Para o mercado a grande surpresa deverá ficar por conta dos números de 2006, que deverão revelar ainda um número menor, ou até negativo em relação a 2005. A previsão leva em conta o aumento no volume de abates de fêmeas no Estado. Há três anos o Estado mantinha uma taxa de evolução de 9%, com incremento de cerca de 1 milhão de animais/ano.

Os dados da pesquisa da Produção da Pecuária Municipal 2005 (PPM) revelam ainda que entre os dez municípios brasileiros com os maiores rebanhos bovinos, três são de Mato Grosso. Cáceres (250 quilômetros ao Oeste de Cuiabá) se confirma como o maior produtor mato-grossense, com 995,07 mil cabeças. Juara (690 quilômetros de Cuiabá) aparece com o sexto maior rebanho brasileiro e o segundo estadual, são 915,16 mil cabeças e na sétima colocação nacional e terceira estadual está Vila Bela da Santíssima Trindade, com 890 mil bovinos. Com os números de Mato Grosso, o rebanho bovino estadual representa 12,9% do plantel brasileiro.

Conforme destaca o IBGE, o crescimento tímido do rebanho nacional confirma a desaceleração do crescimento verificado entre os anos 2000 e 2003. A migração da pecuária para outras atividades agrícolas, como cana-de-açúcar e soja, é uma das razões para esta taxa. Mesmo assim, o Brasil manteve sua posição de maior rebanho de bovinos do mundo, seguido por Índia e China (FAO). A descoberta de focos de febre aftosa no Centro-Oeste e no Sul do país não impactou significativamente a pecuária nacional, como se imaginava.

Brasil - As regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores taxas de crescimento no rebanho de bovinos em 2005 frente a 2004, embora o Centro-Oeste ainda seja responsável por mais de um terço (34,7%) do efetivo nacional desses animais. Naquelas regiões, destacaram-se Amapá (17,5%), Acre (12,1%), Roraima (10,5%), Pernambuco (12,0%), Alagoas (10,2%), e Maranhão (8,8%). As maiores reduções no rebanho de bovinos, na comparação 2005/2004, foram no Distrito Federal (-10,8%), seguido por Rio Grande do Sul (-2,9%) e São Paulo (-2,5%). Entre os dez principais municípios em efetivo de bovinos, oito estão na região Centro-Oeste.

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