MT sai na frente para ter produção sustentável
Líder em produção de soja, o MT é alvo constante de críticas ambientais
Primeiro produtor de soja e algodão do País, segundo de arroz e um dos líderes na produção de madeira, o estado de Mato Grosso é alvo constante de críticas ambientais. Alguns projetos de readequação e certificação são desenvolvidos isoladamente por alguns agentes do Estado. Mas, nenhum de forma conjunta e ordenada. E é a isso que se propõe o recém- criado Instituto Ação Verde, uma entidade sem fins lucrativos formada por representantes de oito instituições do setor produtivo de Mato Grosso. O Instituto será lançado amanhã e já com uma primeira meta ambiciosa: até 2020, recuperar 100% das matas ciliares das principais bacias hidrográficas de Mato Grosso, o equivalente a uma área entre 400 mil a 500 mil hectares, diz Mauro Mendes, presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e, agora, também do Instituto Ação Verde. Formam a entidade representantes das cadeias produtivas da indústria, agricultura e pecuária do Estado, o que inclui também os setores sucroalcooleiro, madeireiro e de energia.
Segundo Mendes, não há ainda uma estimativa de quanto de recurso será necessário para recuperar essas áreas de preservação permanente. Quanto às fontes financiadoras, estuda-se prospecção em bancos internacionais, como o Banco Mundial e o Bid. "Mas, boa parte, cerca de 50%, do encargo financeiro será investimento das instituições representativas dos setores produtivos e do próprio empreendedor", garante Mendes. Ele antecipa que a entidade já iniciou discussões com a Organização das Nações Unidas (Unesco) que é candidata a validar e acompanhar esse trabalho.