Mudanças climáticas serão mais sentidas em países pobres
Os países mais afetados estarão em regiões mais equatoriais, como é o caso do Congo
Um estudo publicado na revista Geophyisical Research Letters, da American Geophysical Union, indicou que os países mais ricos sentirão menos o efeito das mudanças climáticas do que os países mais pobres quando as temperaturas médias subirem 2ºC. A pesquisa foi lançada na quarta-feira (06.06) e analisou a diferença entre os impactos do aquecimento global em diferentes nacionalidades de vários níveis econômicos.
De acordo com o estudo, os países menos afetados estarão localizados nas regiões temperadas do planeta, como o Reino Unido, e os mais influenciados estarão em em regiões mais equatoriais do planeta, como é o caso do Congo. Andrew King, pesquisador de Ciência do Sistema Climático da Universidade de Melbourne da Austrália e principal autor do trabalho, alerta que o aquecimento global é desigual em relação aos que provocam o fenômeno e os que sentirão seus efeitos.
"Os resultados são um exemplo claro das desigualdades que acompanham o aquecimento global. os países mais ricos que produziram a maior quantidade de emissões são menos afetados pelo calor quando as temperaturas médias subirem 2 ° C, enquanto que os países mais pobres são os mais afetados pela mudança dos climas locais e as consequências que isso implica", comenta.
A previsão acabou preocupando os idealizadores que agora procuram alternativas para diminuir os efeitos das mudanças climáticas nas nações mais vulneráveis, já que elas não poluem tanto e serão mais influenciadas negativamente. Luke Harrington, pesquisador da Universidade de Oxford, do Reino Unido e coautor do estudo, acha que os países mais ricos devem compensar os mais pobres.
"É por isso que devemos investir para limitar os piores impactos da mudança climática para os países em desenvolvimento de hoje. Ajudando as nações em desenvolvimento a enfrentar esses desafios, ajudamos a manter sua estabilidade econômica e segurança no futuro e, por extensão, também a nossa", finaliza.